Os quatro caças F-5EM da Força Aérea Brasileira tiveram 95% de disponibilidade no exercício Salitre 2014, que se encerra hoje (17/10) no Chile. Das mais de 30 missões de combate simulado realizadas, somente duas foram canceladas.
O resultado é comemorado pelos 25 militares responsáveis pela manutenção e suprimentos das aeronaves.
Nós somos o grupo que, nos bastidores, estamos fazendo o F-5 decolar e voar com segurança, diz o Sargento Davi Machado do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1°GAvCa).
Mas para isso foi necessário adotar uma rotina exigente. Antes e depois de cada voo, os mecânicos precisavam checar os sistemas das aeronaves e cuidar de detalhes como os capacetes dos pilotos e a dobragem dos paraquedas de frenagem.
Como os F-5EM cumpriram até duas missões por dia, com decolagens por volta das 11h e às 15h, as equipes de manutenção começavam a trabalhar horas antes e terminavam só muito depois do último motor ser desativado.
“Foi só a manutenção preventiva mesmo. Fluiu bem a manobra”, comemora o Suboficial Fernando Miranda. Segundo ele, antes de vir para o Chile, o Esquadrão preparou uma série de itens de manutenção para viagem, o que incluiu até um motor extra.
Mas pouca coisa foi usada. “Nosso consumo ficou abaixo do planejado. Nós fizemos uma previsão um pouco acima justamente para não faltar”, explica.
Já o Suboficial Paulo Ricardo Ferreira lembra que os Esquadrões da FAB estão acostumados a deslocamentos, como o realizado para o Chile. “A gente se adapta muito bem ao clima devido às missões que nós fazemos durante o ano”, conta.
Ele cita deslocamentos constantes para locais como Anápolis, em Goiás, e a Serra do Cachimbo, no Sul do Pará.