O Exército Brasileiro participou da Operação Ágata Guaicurus I 2023, uma ação de fiscalização e repressão a crimes transfronteiriços e ambientais na fronteira oeste brasileira. A iniciativa contou com tropas de unidades subordinadas à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada do Exército e com participação de órgãos de segurança e fiscalização, tais como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Mato do Grosso do Sul, Departamento de Operações de Fronteira, Receita Federal, entre outros.
Criada em 2011, a Operação Ágata é uma ação de combate a crimes transfronteiriços executada em parceria com órgãos de segurança pública e de fiscalização federais, estaduais ou municipais. A primeira parte da Operação em 2023 foi conduzida em mais de 30 municípios situados na faixa de fronteira oeste e dentro da área de responsabilidade da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada. Ao longo da ação, foram realizados Postos de Bloqueio e Controle de Estradas, Monitoramento de Regiões de Interesse para Inteligência, Reconhecimento de Fronteira e Patrulhamento Mecanizado. No aeroporto de Ponta Porã (MS), foram realizadas verificações em bagagens de passageiros, com emprego de cães farejadores em apoio às ações da Polícia Federal.
Para o sucesso na ação, foram utilizados equipamentos ligados a Projetos Estratégicos do Exército. Do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, o SISFRON, foram utilizados 144 materiais, incluindo viaturas e diversas tecnologias de comunicação. Também foram empregadas viaturas blindadas Guarani, que integram o Projeto Forças Blindadas, e materiais do Programa Combatente Brasileiro, como armamentos, capacetes, coletes e materiais de comunicação.
O Comandante da 4ª Brigada, o General de Brigada Marcello Yoshida destacou a importância da aplicação dos meios dos Programas Estratégicos na Operação. “O SISFRON é muito importante para o emprego da nossa Brigada, porque permite consciência situacional instantânea. Dessa maneira, podemos tomar decisões bastante oportunas. Com o emprego das viaturas Guarani e os meios fornecidos pelo Projeto Cobra, nós fechamos o ciclo do SISFRON, que prevê sensoriamento, apoio à decisão e atuação nas situações que foram levantadas”.
SISFRON
Criado por iniciativa do Exército em 2008, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) é um sistema de sensoriamento e de apoio à decisão em apoio ao emprego operacional. Seu principal objetivo é fortalecer a presença e a capacidade de monitoramento e de ação do Estado na faixa de fronteira terrestre, potencializando a atuação dos entes governamentais com responsabilidades sobre a área. As operações nas quais o SISFRON é empregado podem ser isoladas, em conjunto com as outras Forças Armadas ou, ainda, em ambiente interagências, com outros órgãos governamentais. O objetivo do Exército Brasileiro é desdobrar os meios do SISFRON ao longo dos 16.886 quilômetros da linha de fronteira brasileira, monitorando uma faixa de 150 Km de largura ao longo dessa linha.
Forças Blindadas
O subprograma Forças Blindadas visa obter sistemas e materiais de emprego militar atualizados que atendam às necessidades operacionais das forças blindadas do Exército Brasileiro, como viaturas blindadas de combate, de reconhecimento, de transporte de pessoal e viaturas especiais, dotadas de sistemas de armas, comando e controle e equipamentos especiais, entregando capacidades como ação de choque, poder de fogo, proteção blindada, consciência situacional e mobilidade.
Projeto Combatente Brasileiro
Desenvolvido pelo Exército Brasileiro, o Projeto Combatente Brasileiro (COBRA), soldado do futuro, é uma iniciativa de modernização de materiais militares que procura contemplar três necessidades fundamentais do combatente moderno: a letalidade, o comando e controle e a sobrevivência. O projeto inclui o aprimoramento de armamentos, uniformes e equipamentos de comunicações e eletrônica.