No último sábado dia 19 de setembro de 2015, começou a Operação CENTAURO, exercício coordenado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER), conduzido pela 6ª Bda Inf Bld e realizado pela Força Tarefa (FT) do 7º batalhão de Infantaria Blindado. O início da operação foi caracterizado pela emissão da Ordem de Operações pelo Tenente-Coronel Roberto Glicério Cabral Júnior, Comandante do 7º BIB, situado na cidade de Santa Cruz do Sul-RS.
Antes da emissão da ordem, o General-de-Brigada Fábio Bevenutti Castro, Comandante da 6ª Bda Inf Bld, ambientou os presentes sobre a importância da Operação CENTAURO no contexto do Exército Brasileiro, na medida em que pela segunda vez é realizado um exercício com foco na integração dos três tipos clássicos de simulação: Simulação Viva, Simulação Virtual e Simulação Construtiva.
O Comandante da 3ª Divisão de Exército, General-de-Divisão José Carlos Cardoso também este presente e alertou para a importância do planejamento detalhado neste tipo de operação, uma Ataque Coordenado (Atq Coor) de uma FT Blindada.
Além dessas autoridades, estavam presentes o Coronel Ribeiro, do COTER, responsável pela coordenação do exercício e pela pela Direção do Exercício (DIREx) da Simulação Construtiva; o Coronel Dos Anjos, Comandante do Centro de Avaliação e Adestramento do Exército (CAAdEx), responsável pela DIREx da Simulação Viva e o Tenente-Coronel Alex, Comandante do Centro de Instrução de Blindados (CI Bld), responsável pela DIREx Virtual.
A atividade ocorreu na Sala do Caixão de Areia do CI Bld e o exercício terá o seu clímax com a realização do Ataque Coordenado na manhã da quarta-feira. No dia 20 de setembro ocorre a emissão das ordens dos Comandantes de FT as Subunidade. Os três tipos de simulação são conceituados no Exército Brasileiro da seguinte forma:
Simulação Viva
Modalidade na qual são envolvidas pessoas reais, operando sistemas reais, no mundo real, com o apoio de sensores, dispositivos apontadores “laser” e outros instrumentos que permitem acompanhar o elemento e simular os efeitos dos engajamentos.
Os Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático (DSET) simulam, por meio de feixes laser, a trajetória balística da munição e o acerto do impacto, permitindo o engajamento de alvos estacionários ou em movimento, assim como o duelo entre blindados. Os DSET são os equipamentos mais proeminentes desta categoria. Este tipo de simulação é a que está mais próxima da realidade, dado que um mínimo de recursos reais é simulado. O CAAdEx é a referência nacional no emprego deste tipo de simulação.
Simulação Virtual
Modalidade na qual são envolvidas pessoas reais, operando sistemas simulados, ou gerados em computador. Essa modalidade substitui sistemas de armas, veículos, aeronaves e outros equipamentos cuja operação exija elevado grau de adestramento, ou que envolva riscos e/ou custos elevados para operar. Dentro desse ramos de simulação, é possível classificar os simuladores dentro dos seguintes tipos: Simuladores de Procedimentos, Simuladores Sintéticos e Simuladores Virtuais Táticos. O CI Bld é é a referência nacional no emprego deste tipo de simulção.
Simulação Construtiva
Simulação envolvendo tropas e elementos simulados, operando sistemas simulados, controlados por pessoas reais, normalmente numa situação de comandos constituídos. Também conhecida pela designação de “jogos-de-guerra”. A ênfase dessa modalidade é a interação entre pessoas, divididas em forças oponentes que se enfrentam sob o controle de uma direção de exercício.
No âmbito da 3ª Divisão de Exército, sediada em Santa Maria – RS, encontra-se no Centro de Aplicação de Exercícios de Simulação de Combate (CAESC), elemento responsável pela condução e treinamento dos elementos envolvidos, com base na utilização do program COMBATER.
Nota: Texto de autoria do TC Alex, Comandante do CIBld e as Fotos da 5ª Seção (RP) do CIBld. A Revista Operacional agradece ao Tenente.-Coronel Alex Mesquita, pelo envio do material para divulgação.