A Base Aérea de Manaus (BAMN) começou a operar a barreira de retenção mais moderna do Brasil. O equipamento que tem o objetivo de frear com segurança aeronaves de alta performance, como o F-5. Além da vantagem de funcionar com manutenção mais simples e custo menor, a nova barreira é fixa, usa materiais com tecnologia mais recente e é acionada por meio de programa de computador.
De acordo com o Tenente Engenheiro Daniel Buch, do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), a barreira é acionada em casos de aviões que apresentem pane mecânica durante o pouso. “O equipamento possui um sistema de engajamento que contém e absorve energia e freia naturalmente a aeronave. Isso garante que não haja danos para o piloto nem para o avião”, explica.
A barreira de retenção é composta por dois cabos de alta resistência e uma rede. Caso perceba alguma anormalidade, o próprio piloto aciona um gancho de arraste, presente na aeronave, que se prenderá aos cabos. O comandante do avião também pode fazer contato com a torre de controle aéreo e dizer “barreira, barreira, barreira”. É o sinal para que os controladores acionem e levantem a rede que freará a aeronave.
O sistema foi implantado pelo Sétimo Serviço Regional de Engenharia (SERENG-7) e pelo PAMA-SP para atender primordialmente o Esquadrão Pacau (1°/4° GAV), que opera a aeronave de caça F5-EM em Manaus. A instalação incluiu a construção de sistemas de fundação e de fornecimento de energia 24 horas.
Anteriormente, Manaus utilizava uma barreira móvel de retenção, que funciona com acionamento manual ou por rádio. Apesar de atender a necessidade operacional, o equipamento móvel é concebido para exercícios em bases deslocadas ou avançadas.