Duzentos e nove cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) concluíram sábado (28/03) a instrução de Salto de Emergência, exercício que tem por finalidade instruir o futuro oficial a abandonar uma aeronave em situação de emergência com segurança. Durante 19 dias, o treinamento contemplou instruções teóricas e práticas sobre manuseio do equipamento de paraquedismo, aulas de aterragem de plataforma, técnicas de controle do paraquedas, bem como uma intensa rotina de treinamento físico.
Os cadetes também utilizaram uma aeronave C-115 Búffalo em monumento na AFA, para o treinamento de saída de aeronave. No último dia, foi realizado um salto real a partir de aeronaves C-105 Amazonas do Esquadrão Onça, de Campo Grande (MS). “Senti uma mistura de felicidade, medo e ansiedade, principalmente quando vi a rampa abrir”, relata a Cadete Intendente Fernanda Rangoni Bonjur.
Para ela, esses momentos ficarão gravados,“Foram os melhores segundos da minha vida que fizeram valer a pena todas as dores e dificuldades enfrentadas nas instruções”, disse, emocionada. O treinamento contou com instruções realizadas por militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, conhecido como PARA-SAR, sediado na Base Aérea de Campo Grande.
Em uma ação inédita de interoperabilidade entre as três Forças Armadas, cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), do Exército Brasileiro, aspirantes da Escola Naval e oficiais da Marinha do Brasil em treinamento para a formação como aviadores navais também participaram do salto. De acordo com o Capitão Muriel Rodrigo Martelo, chefe da Seção de Instrução Militar da AFA, paraquedista com seis anos de experiência, todas as atividades são importantes, pois simulam situações novas a serem vivenciadas pelos cadetes.
“O treino capacita física, técnica e emocionalmente o cadete a agir em uma situação de emergência. Essa não é uma atividade praticada na maioria das academias militares, mas aqui praticamos o salto de emergência tendo em vista o alto grau motivacional que carrega”, avalia.