Após o anúncio do ministro da Defesa, Celso Amorim, e do Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, de que o Brasil irá adquirir o caça Gripen NG para a Força Aérea Brasileira (FAB), o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), da Câmara dos Deputados, Nelson Pellegrino (PT-BA), informou que a Subcomissão Permanente dos Projetos Estratégicos das Forças Armadas acompanhará todas as negociações até a assinatura do contrato, o que levará cerca de 12 meses.
“Todas as três propostas eram muito boas e o governo levou em conta os custos do financiamento, da compra e da manutenção dos aviões. A presidente optou pela diversificação e qualquer que fosse sua decisão eu aplaudiria. O mais importante é que a FAB disponha do equipamento e a CREDN irá acompanhar todos os passos das negociações que são complexas e demoradas”, afirmou o deputado.
Para a vice-presidente da CREDN e presidente da Subcomissão dos Projetos Estratégicos das Forças Armadas, Perpétua Almeida (PCdoB-AC), “o acompanhamento das negociações é necessário até para que possamos confirmar na prática tudo aquilo que já havia sido garantido no papel. O Brasil opta por um avião que guarda relação com o seu perfil de Defesa, uma Defesa focada na dissuasão”, explicou.
A deputada também destacou que a decisão do governo brasileiro não diminui a importância da França como aliada estratégica, citando que o Brasil já mantém com os franceses os acordos dos submarinos convencional e nuclear, e de construção de 50 helicópteros militares e do satélite brasileiro.
Na avaliação do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a decisão é acertada. Segundo ele, “os próprios pilotos da FAB reconhecem que o Gripen é o melhor avião”. Nelson Marquezelli (PTB-SP) defende que as decisões do governo sigam as recomendações dos militares. “São eles os que irão operar os equipamentos, portanto, são os que entendem e sabem qual equipamento é melhor para o cumprimento da missão”.