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Sunday, 24 de November de 2024
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Engenheiros e Técnicos brasileiros irão começar a trabalhar no Gripen NG

Força Aérea
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Um grupo de 46 engenheiros e técnicos brasileiros irão começar a trabalhar na Suécia a partir do dia 19 de outubro. Eles são funcionários das empresas Embraer, de São José, e da AEL Sitemas, de Porto Alegre, embora alguns engenheiros da Embraer já estejam na sede da sueca Saab, os 46 profissionais serão oficialmente os pioneiros para o início do programa de fabricação dos caças supersônicos Gripen NG, que serão produzidos pela Saab para equipar a FAB (Força Aérea Brasileira).

O contrato de compra dos jatos inclui transferência de tecnologia para o Brasil, sob a coordenação da Embraer. Começa a valer agora, na prática, o contrato entre o Brasil e a Suécia, efetivado oficialmente há duas semanas. Serão 36 caças supersônicos Gripen NG de última geração, capazes de voar duas vezes a velocidade do som, a última pendência do contrato, o financiamento, também foi concluída há um mês. O contrato é de US$ 4,7 bilhões, dos quais US$ 245,3 milhões são para a compra de armamentos para os jatos.

Os técnicos e engenheiros brasileiros irão em grupos ao longo dos próximos anos. Em outubro, irão 44 funcionários da Embraer e 2 da AEL. Segundo a Embraer, até 2020, a empresa vai enviar 280 funcionários para a sede da Saab para atuar no projeto.  De acordo com a Embraer, irão para a Suécia engenheiros e operadores de produção, de 2015 a 2020.

A empresa informou que a permanência dos funcionários na Suécia pode durar de 6 a 24 meses. Segundo a Saab, o tempo de permanência do primeiro grupo na Suécia deve ser de 12 meses. No início, haverá uma variedade de treinamentos teóricos e a maioria dos técnicos e engenheiros também irá participar do treinamento prático (on-the-job), no desenvolvimento do Gripen –uma formação mais especializada dentro do mesmo projeto que os engenheiros da Saab.

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A Embraer será a responsável no Brasil pelo programa de transferência de tecnologia. A Embraer também vai coordenar as atividades de produção dos caças no Brasil. A empresa será responsável pelo desenvolvimento completo da versão de dois lugares do Gripen NG. A montagem final dos jatos será feita na fábrica de Gavião Peixoto. A AEL é responsável pelo programa de sistemas avi-ônicos do Gripen. A empresa foi confirmada no programa em fevereiro, quando assinou com a Saab um contrato para a transferência de tecnologia.

A AEL foi selecionada para fornecer o WAD (Wide Area Display), o HUD (Visor Frontal) e o HMD (Helmet Mounted Display – capacete com visor), que será integrado ao Gripen NG para o Brasil como parte do contrato F-X2. O trabalho da AEL deve durar quatro anos e inclui o desenvolvimento, a integração e o trabalho de produção, que serão realizados em Porto Alegre. A integração do sistema será feito pela SAAB e pela Embraer.

Para a Saab, a chegada dos técnicos e engenheiros brasileiros é um marco no programa dos caças para a FAB. “Este importante acontecimento marca o início formal do programa Gripen NG brasileiro. Agora vamos trabalhar a toda velocidade para garantir as entregas no prazo determinado”, afirmou Häkan Buskhe, presidente e CEO da Saab.

O Gripen é uma aeronave de combate multimissão, capaz de realizar todas as missões ar-ar e ar-solo, incluindo tarefas especializadas, como de inteligência, vigilância, aquisição de alvos e reconhecimento e guerra eletrônica. O Gripen está equipado com os mais modernos sensores e sistemas de missão, incluindo um radar de varredura eletrônica ativa e um sistema de busca e rastreamento infravermelho. O caça deve substituir os F-5 da FAB.

A entrega dos caças supersônicos Gripen NG deve começar em 2019 e terminar em 2024. A montagem final dos jatos no Brasil será feita na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto. Dois pilotos brasileiros –Gustavo Pascotto e Ramon Forneas– foram os primeiros a serem treinados para pilotar o caça, na Suécia. Outros pilotos da FAB devem ser treinados.

FONTE: O VALE(Por Sheila Faria Editora executiva)

Fonte | Fotos: operacional