Dois helicópteros H-36 Caracal do Esquadrão Falcão estão no Campo de Provas Brigadero Velloso (CPBV), na Serra do Cachimbo, no Sul do Pará, para o treinamento de busca e salvamento em área de combate. Durante as duas semanas do exercício, iniciado no dia quatro de maio, serão realizados disparos reais das metralhadoras laterais das aeronaves no período noturno. As tripulações realizam as missões com o emprego dos óculos de visão noturna (NVG, do inglês Night Vision Goggles).
Chamada de CSAR, da sigla em inglês Combat Search and Rescue, a missão de busca e salvamento em área de combate é uma das atividades mais complexas treinadas pelo esquadrão. A cada dia, equipes compostas por pilotos, mecânicos, artilheiros e homens de resgate participam de um cenário de guerra simulada e têm que realizar todo o planejamento para o resgate de combatentes atrás das linhas inimigas (evasores).
São executados ainda treinamentos de navegação à baixa altura, navegação entre obstáculos, emprego real de metralhadoras, voo em formação com dois helicópteros e o adestramento dos homens de resgate em abordagens de vítimas e no manuseio do armamento. Também serão praticadas missões de infiltração e exfiltração de combatentes.
O Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Marcelo Filgueira de Sena, ressalta a importância da realização desses exercícios fora de sede. “Nossa missão é manter o preparo técnico e profissional das nossas tripulações para o cumprimento das ações de Força Aérea, sendo que uma das mais complexa é o resgate em combate, pois requer muito preparo, planejamento e possui uma grande diversidade de tarefas. Devemos estar adestrados e capacitados ao máximo para que, em um conflito real, possamos cumprir as missões da forma como treinamos e voltarmos em segurança”, explicou.
Capacidade logística
Sediado em Belém (PA), o Esquadrão Falcão levou todo o material necessário à uma operação desse tipo a bordo dos próprios helicópteros H-36: um fez o translado de 14 pessoas e 2.000 kg de carga, enquanto o segundo levou nove pessoas e 2.100 kg de carga.
“Seriam necessários aproximadamente três H-1H para transportarmos a carga de um H-36”, disse o Sargento Rodolfo Paulo Silva de Sousa. O H-1H Iroquis, carinhosamente conhecido como Sapão, era o antigo helicóptero operado pelo Esquadrão Falcão, sendo permanentemente substituído pelo H-36 em meados de 2014.