O Esquadrão Poti (2º/8º GAV), que opera os helicópteros de ataque AH-2 Sabre da Força Aérea Brasileira, realiza até a próxima semana (07/10) o Exercício Operacional Zarabatana VI. Durante as atividades, os 65 militares envolvidos trabalham para aprimorar as técnicas de emprego dos armamentos ar-solo da aeronave, como o míssil Ataka, foguetes e canhão. O exercício acontece no estande de tiros do Campo de Provas Brigadeiro Veloso (CPBV), no Sul do Pará.
Pela primeira vez, a unidade aérea vai avaliar o comportamento e o poder de destruição de dois de seus armamentos ativos – o foguete com cabeça de guerra e o canhão com projétil explosivo. “O emprego armado é de fundamental importância para o Esquadrão Poti, visto que todas as seis ações de força aérea – defesa aérea, ataque, escolta, supressão de defesa aérea inimiga, varredura e apoio aéreo aproximado – utilizam o emprego do armamento ar-ar ou ar-solo”, explica o Comandante do Esquadrão Poti, Tenente-Coronel Rodrigo Gibin Duarte. Além disso, os militares vão implementar novas táticas no emprego do míssil ar-solo Ataka.
As aeronaves AH-2 Sabre fazem parte do processo de reaparelhamento da FAB. Os primeiros helicópteros foram recebidos em 2010 e a última unidade foi entregue em 2014. Exercícios operacionais como a Zarabatana formam as etapas da implementação do helicóptero na FAB. “Está sendo feita uma gradação na implantação do Sabre. Assim vamos conhecendo as capacidades e limitações da aeronave e amadurecendo as atividades do Esquadrão”, esclarece.
O militar explica ainda que os helicópteros contribuem para a manutenção da soberania do País. “A população brasileira conta com um esquadrão dedicado a proteger o Brasil de possíveis ameaças, com aeronaves de alta capacidade bélica”, afirma o comandante. O Esquadrão Poti foi um dos responsáveis pela defesa de área durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. “Já está prevista a atuação do Poti nos Jogos Olímpicos de 2016”, revela o Tenente-Coronel Gibin.
Na Zarabatana VI, o Esquadrão Poti também está realizando a manutenção operacional de seus pilotos, capacitando-os em todas as modalidades de emprego armado. O exercício prevê ainda a formação dos pilotos no emprego com óculos de visão noturna. “Uma das principais ameaças dos vetores de asas rotativas são armamentos solo-ar, como os mísseis de ombro. Para que ele seja disparado contra a aeronave, o operador precisa ter o contato visual com o helicóptero. Ao fazermos emprego noturno, com todas as luzes apagadas, nós minimizamos esse risco, pois o inimigo não nos enxerga”, explica o comandante. O exercício também promove o treinamento da seção de material, onde a mobilidade e a manutenção fora de sede são treinadas.