O evento foi realizado de forma híbrida (presencial e online) e contou com a participação de pesquisadores renomados, representantes da Indústria de Defesa e militares das Forças Armadas
Entre os dias 27 e 29 de setembro de 2022, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em parceria com o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e o Comando de Preparo da Força Aérea Brasileira (COMPREP), promoveram a 1ª Semana de Aplicações Operacionais ao Preparo e Emprego, evento de destaque nacional para a área de Defesa.
Na ocasião, estiveram presentes o Chefe do Estado-Maior do Comando de Preparo, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, o Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta, o Vice-Diretor do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Mauro Bellintani e o Reitor do ITA, Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia, além de demais Oficiais-Generais e autoridades civis.
Foram integrados ao 24° Simpósio de Aplicações Operacionais em Áreas de Defesa (SIGE), o 13° Encontro de Guerra Eletrônica em Defesa (EGED), o 3° Workshop de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento e o 11° Simpósio de Sensoriamento Remoto de Aplicações em Defesa (SERFA), eventos que, ao longo de suas edições, já reuniram mais de 11.500 participantes, com cerca de 750 artigos publicados.
Segundo o Vice-Diretor do DCTA, essa é uma edição marcante e inédita, pois congrega atividades que antes eram realizados de forma isolada. “Para o DCTA, sediar esse encontro unificado é uma honra, pois, ao observarmos os seus objetivos, podemos perceber que eles estão totalmente alinhados estrategicamente à nossa missão institucional de desenvolver soluções técnico-científicas que possam contribuir para a manutenção da soberania do espaço aéreo e a integração nacional”, comentou.
O Chefe do Estado-Maior do Comando de Preparo, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, endossou a relevância do evento ao pontuar que,”a análise dos cenários atuais se revela complexa e não menos desafiadora é a prospecção das perspectivas futuras. É possível prever profundas transformações em função do rápido avanço obtido de pesquisas em áreas como Inteligência Artificial, Computação Quântica e Internet das Coisas, que se materializam em produtos acessíveis à população em geral, sendo convertidos em meios de combate. Nesse contexto, a interoperabilidade entre as Forças e a efetiva integração entre academia, governo e indústria se reveste de fundamental importância. Foi justamente com isso em mente que propusemos a realização da 1ª Semana de Aplicações Operacionais ao Preparo e Emprego”, explicou o Major-Brigadeiro Medeiros.
O evento, que foi realizado de forma híbrida (presencial e online), contou com a participação de pesquisadores renomados, representantes da Indústria de Defesa e militares das Forças Armadas, promovendo a realização de diversos debates, mini-cursos, mesas redondas e palestras sobre temas como “Empreendedorismo e Inovação em Defesa e Segurança”, ministrada pelo Reitor da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Professor Doutor Edson da Costa Bortoni e “Desenvolvimento de Aplicações Espaciais no Âmbito da Defesa: Previsão do Tempo Troposférico e no Espaço”, apresentada pelo Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Doutor Clezio Marcos De Nardin, oportunizando aos convidados deliberarem sobre as melhores práticas atuais, sempre em consonância com as orientações estratégicas do Estado-Maior da Aeronáutica e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.
O Major-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta, ministrante da palestra magna intitulada “O papel das Forças Armadas no desenvolvimento tecnológico do Brasil”, pontuou que esse evento é uma excelente oportunidade de aproximar os integrantes da tríplice hélice, corroborando com a função elementar da academia que é a de multiplicação e consolidação do conhecimento.
O setor operacional, representado pelos Comandos da Marinha e do Exército, se fez presente por meio de membros de todas as regiões do Brasil, realimentando, dessa forma, o ciclo de desenvolvimento em aplicações operacionais, proporcionando uma integração direta com a área acadêmica e convergindo no desenvolvimento de produtos mais coerentes e adequados à aplicação final.
“Chegamos ao final de mais uma edição com a certeza de que atingimos nossos objetivos ao criarmos um ambiente propício e inspirador para a troca de experiências entre os setores acadêmicos, industriais e operacionais das Forças Armadas, trabalhando temas de ensino, pesquisa e desenvolvimento que são de inegável importância para o futuro do nosso país”, concluiu o Reitor do ITA.