Desde a última segunda-feira (05/09), o primeiro P-95 Bandeirante Patrulha (Banderulha) modernizado está na Base Aérea de Natal (BANT). A aeronave, recém-chegada do Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF), será empregada no processo de formação dos novos pilotos de patrulha marítima da Força Aérea Brasileira (FAB).
Cerca de dez pilotos do Esquadrão Rumba (1º/5º GAV), unidade aérea responsável pela especialização dos oficiais na Aviação de Transporte e Patrulha, vão estrear a nova fase no período de formação no grupo de aviação. Até o ano passado, as instruções de patrulha marítima eram feitas no C-95 modernizado e no P-95.
“É importante para a operacionalidade da minha turma. Vamos chegar aos esquadrões já sabendo voar na aeronave modernizada, acompanhando esse momento da aviação de patrulha”, declara o Tenente Augusto Ribeiro Rodrigues. As instruções com a aeronave modernizada são feitas por pilotos do Esquadrão Phoenix (2º/7º GAV), unidade sediada em Florianópolis (SC) que recebeu o primeiro P-95M.
A transição operacional do C-95 Bandeirante modernizado para a nova aeronave é um ganho para os novos patrulheiros. “A parte de aviônica é praticamente igual, com as quatro telas que dão todas as informações do voo. Então é muito mais fácil essa transição, o que significa que ele [o piloto] vai chegar mais rápido nessa evolução operacional”, afirma o instrutor, Capitão Erick Luiz Pereira, sobre os inúmeros benefícios da nova aeronave. “A partir do momento que eles recebem a instrução do P-95 modernizado, eles já saem prontos para receber instrução nas localidades em que eles serão designados”, afirma o Tenente Kllaus Fernando Gaio, instrutor do Esquadrão Rumba.
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Sobre a aeronave
O P-95M conta com radar Seaspray 500E e tem condições de detectar navios de grande porte a até 100 milhas, equivalente a 160 quilômetros. A capacidade de imageamento do novo equipamento possibilita acompanhar cerca de cem alvos, ao mesmo tempo, em alta resolução. Outra novidade é que o Bandeirulha modernizado conta com novos sistemas eletrônicos. A suíte aviônica integrada facilita a ergonomia e a consciência situacional dos pilotos, reduzindo a fadiga de voo. A interface digital facilita a leitura das informações dos diversos sistemas embarcados, de forma simples e prática.
“Conseguimos procurar navios ou embarcações que estejam em perigo e detectar com mais facilidade. Dependendo da posição, conseguimos tirar uma foto do navio e saber se é o que estamos procurando ou não. Ou se for o caso, dentro da nossa parte de busca e salvamento, conseguimos analisar se aquilo é um bote ou um sobrevivente que estaria precisando de um resgate nosso”, diz o Capitão Luiz.