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Friday, 22 de November de 2024
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O 5º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação (5º/8º GAV) Esquadrão Pantera

Força Aérea
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Black Hawk Foto Cb V.Santos Ag Força Aérea

Entre as atribuições da Força Aérea Brasileira  está a manutenção da soberania nacional por meio da defesa do espaço aéreo brasileiro. Para cumprir essas missões, a FAB dispõe de esquadrões aéreos, que trabalham 24 h por dia na proteção dos 22 milhões de km² que pertencem ao Brasil. Durante a Copa do Mundo de 2014 não foi diferente.

Enquanto as seleções disputavam as partidas da Copa, a nossa Força estava realizando um trabalho invisível, mas essencial para a defesa de um país e de seus visitantes. Para esse trabalho a mais que a FAB faz todos os dias, alguns esquadrões atuaram diretamente nos meses de junho e julho nas regiões dos estádios da Copa.

Vamos conhecer agora o trabalho do Esquadrão Pantera, que fica em Santa Maria (RS) . Os H-60 Black Hawk do Pantera atuaram na defesa de todos que torciam nos estádios durante as partidas.  Está preparado?  “Oigalê Fera, PANTERA!”

O Esquadrão Pantera participou ativamente na defesa aérea dos estádios da Copa do Mundo. A unidade possui sete helicópteros H-60L Black Hawk, dos quais cinco foram empregados para garantir a  estratégia de defesa do espaço aéreo brasileiro durante os dias dos jogos.  A  segurança das sedes  Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) foram garantidas desde o pontapé inicial até a prorrogação da partida final, no dia 13 de julho de 2014.

Sob controle operacional do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), mais de 40 militares  cumpriram os chamados “alertas de defesa aérea”. Em média,  decolavam uma hora antes das partidas e permaneciam em voo durante toda sua duração, sendo desengajados após determinação  do COMDABRA.

Este esquema fez-se necessário para assegurar que caso uma aeronave, não identificada ou em rota suspeita, entrasse em uma das áreas delimitadas como “sensíveis” (sobrejacentes aos estádios), fossem tomadas as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo com a finalidade de averiguar a procedência e intenções do tráfego interceptado, persuadindo-o a obedecer às ordens da defesa aérea.

Arte com as áreas de exclusão aérea.

Para o piloto responsável por realizar a cobertura de São Paulo na estréia do Brasil, a missão foi um grande desafio, e  envolveu muitos treinamentos antes do evento.

“Essa é uma missão nobre e o sentimento de todos do esquadrão é o de dever cumprido, pois foi uma mobilização que envolveu mais de 120 militares na preparação para ser possível deixar os Black Hawks prontos para operarem em qualquer situação. Foi muito preparo teórico e treinamentos em voo, a fim de garantir que os estádios não sofressem nenhum tipo de ameaça aérea”, explicou o militar.

Os Helicópteros H-60L Black Hawk são capazes de manter-se em sobrevoo por aproximadamente 4h, com mais de 2000 cartuchos de munição a bordo. O armamento empregado  é a M-134 Minigun, capaz de disparar 3000 tiros por minuto. Todos os pilotos e tripulantes são treinados nos mais diversos cenários de voo.

O voo noturno com uso de Óculos de Visão Noturna (Night Vision Goggles – NVG) pode ser considerado o mais técnico, devido à complexidade de operação. O Uso do NVG é considerado um ganho operacional grande, já que permite a visualização de alvos e obstáculos mesmo em ambiente noturno.

Treinamento do Esquadrão Pantera antes da Copa. Na foto, a M-134 Minigun, capaz de disparar 3000 tiros por minuto.

“Foram muitas horas de treinamento voadas no nosso estande de tiro, o equipamento é excelente e preciso. Caso fosse necessário deter uma aeronave hostil estaríamos prontos para garantir a integridade de todos os torcedores”, disse o tripulante artilheiro que realizou a cobertura da final no estádio do Maracanã.

Esta operação serviu como batismo de quatro pilotos que foram recebidos este ano pelo Esquadrão Pantera. Os aviadores realizaram o curso teórico da aeronave e as instruções aéreas em período diurno, noturno e noturno com NVG (óculos de visão noturna). Os militares foram declarados pilotos básicos antes do início da operação e participaram das missões como copilotos.

Visão do piloto com os Óculos de Visão Noturna na defesa aérea do estádio Maracanã (RJ) na final Alemanha X Argentina.Vista aérea do H-60 Black Hawk durante a defesa aérea da final Alemanha X Argentina no Maracanã (RJ).

Resgate em áreas isoladas, içamentos com guincho, rapel, desembarque rápido de tropa (pouso de assalto), voos noturnos com NVG, tiro ar-solo, tiro ar-ar  são tipos de missões constantemente realizadas durante a rotina do Esquadrão Pantera. As missões são realizadas em treinamentos para manter a tripulação adestrada, outras vezes em situações reais, quando o Brasil necessita da pronta-resposta dos guerreiros Pantera.

Treinamento de resgate do Esquadrão Pantera em Florianópolis.

O Esquadrão Pantera já havia participado das ações de defesa aérea da Copa das Confederações de 2013, quando realizou a proteção de muitas das cidades sedes, como Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA).

FONTE : Força Aérea Blog

Fonte | Fotos: operacional