Mais partes do quebra cabeças industrial que dará forma a aeronave KC-390 estão paulatinamente sendo entregues a Embraer Defesa & Segurança (EDS).
Os sub-conjuntos da empenagem, fuselagem traseira, asas e nariz da aeronave já chegaram a unidade da empresa localizada em Gavião Peixoto, interior do estado de São Paulo, e agora estão passando pelo processo denominado montagem final (final assembly), o que deverá levar pelo menos um mês.
Após essa etapa, o protótipo vai ser submetido a extensos testes de integração de sistemas elétricos, hidráulicos, mecânicos e eletrônicos (aviônica Pro Line Fusion da Rockwell Collins), culminando com a instalação e integração dos motores, duas unidades do moderno propulsor International Aero Engines (IAE) V2500-E5.
Para este fim, é utilizado um moderno rig de integração (iron bird), montado na unidade da EDS de Eugênio de Melo, em São José dos Campos (SP). O voo inaugural do tipo deverá ocorrer até o final de 2014, segundo a programação informada pela EDS.
Contando com 28 exemplares encomendados pela Força Aérea Brasileira, cliente lançador do programa, o KC-390 é a maior aeronave já projetada e construída pela EDS e seus parceiros de risco espalhados pelo mundo (Aero Vodochody, OGMA, LMI Aerospace, Aernnova, FAdeA, etc).
O modelo é um transporte e avião tanque-reabastecedor multifuncional, capaz de operar em pistas semi-preparadas, tornando-se assim a ponta de lança das capacidades de mobilidade estratégica das Forças Armadas Brasileiras, podendo inclusive transportar sem maiores adaptações blindados sobre rodas (6×6) da família Guarani, atualmente entrando em serviço no Exército Brasileiro.
Na FAB, o KC-390 substituirá a frota de veteranos turboélices quadrimotores C-130/KC-130 Hércules. A EDS já possui cartas de intenção de compra para mais 32 aeronaves, distribuídas entre Argentina, Colômbia, Chile, Portugal e República Tcheca, e os Emirados Árabes Unidos (UAE) demonstraram grande interesse na aeronave durante recente visita de seu ministro da Defesa ao Brasil.
O KC-390 tem sido oferecido como uma opção para as versões mais antigas do C-130, que necessitam de urgente substituição, um mercado estimado em cerca de 700 aeronaves distribuídas entre 77 países.