Um acidente aéreo ocorrido em 29 de outubro de 2009, com o 1º Tenente Aviador José Ananias S. Pereira, hoje servindo na Academia da Força Aérea AFA), foi tema de palestra na Operação Carranca IV. A aeronave era o FAB 2725, um Caravan. A rota do voo era de Cruzeiro do Sul (AC) para Tabatinga (AM). A decolagem foi às 08h30min local e o horário estimado do acidente seria às 09h25min. Onze pessoas a bordo. Nove sobreviveram ao acidente.
O Tenente Ananias revelou que participar do Exercício Carranca IV não era só motivo de orgulho: “É também o mínimo que eu poderia fazer para retribuir o que esse sistema fez por mim, me dando o direito e o privilégio de continuar vivendo! Eu não me lembro de outro momento da minha vida que tenha me sentido tão feliz” – revelou ao público formado por militares da área de busca e salvamento da FAB.
A história de sobrevivência do Tenente Ananias alerta sobre os procedimentos a serem observados por um cidadão ao sofrer um acidente. Na palestra, ele contou como aplicou os conhecimentos adquiridos durante sua formação militar e listou algumas lições apreendidas:
1 – manter-se no local do acidente;
2 – acionar sua baliza de emergência, assim que possível (*);
3 – manter uma fogueira acesa;
4 – confiar nas equipes de busca e salvamento.
O resgate
Os sobreviventes foram localizados pela aeronave SC-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano e o resgate realizado por um helicóptero H-60 Black Hawk do Esquadrão Hárpia, Manaus.
O relato do Tenente Ananias na Operação Carranca IV veio como forma de agradecimento “aos anjos da guarda guiados por Deus” – como ele prefere chamar os os integrantes Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10ºGAv – Esquadrão Pelicano), com sede em Campo Grande (MS).
A palestra ficou mais emocionante com a presença do Sargento Jeffeson, um dos tripulantes da aeronave SC-105 Amazonas, que localizou os ocupantes do FAB 2725.
Nota : (*) Durante a queda da aeronave a tripulação aciona a baliza de emergência conhecida como ELT (Emergency Locator Transmitter). Esse procedimento possibilitou que o sinal fosse captado pelos satélites do sistema COSPAS-SARSAT e os meios de busca fossem acionados. Logo após o impacto, a aeronave afundou no rio Ijuí , após isso não houve mais a captação de sinais emitidos pelo ELT.
FONTE : www.carranca.aer.mil.br