Na visão da Terceira Força Aérea (III FAE), essa é a forma qualificada e eficiente de fazer defesa aérea no território nacional, assim o Comandante da III FAE, Brigadeiro do Ar Mario Luís da Silva Jordão, definiu uns dos elementos fundamentais da Operação BVR2/Sabre: o fortalecimento da integração entre pilotos e controladores de voo em um ambiente de guerra.
O exercício operacional reúne mais de 500 militares de 15 Esquadrões da Força Aérea Brasileira até o próximo dia 18 de setembro em Anápolis (GO). Um total de 62 aeronaves F-5M, A-1, A-29, E-99 e KC-130, além da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes 450 e do Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea (1° GDAAE), são utilizadas em missões de Controle e Alarme em Voo, Defesa Aérea, Escolta, Reabastecimento em Voo, Varredura e Vigilância e Controle do Espaço Aéreo, dentre outras.
Segundo o Brigadeiro Jordão, os procedimentos adotados representam a evolução da experiência adquirida em exercícios como a CRUZEX Flight 2013 e a norte-americana Red Flag. “O que está sendo aplicado aqui representa um salto para o desempenho, avaliação e aprendizado. Entramos em uma nova fase”, completa.
O Sargento Cleyton do Nascimento Nunes, do Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC), unidade localizada em Parnamirim (RN), explica que o trabalho do controlador é sequenciar e ordenar o tráfego aéreo, civil ou militar.Para ele, no cenário de defesa aérea, o papel do controlador é fundamental para o sucesso das missões.
“O ponto de vista do piloto é limitado pela dimensão da imagem fornecida pelo radar da aeronave. Já o controlador vê tudo, inclusive aquilo que está fora do espaço do radar. É justamente essa visão completa, geral, que pode fazer a diferença para o sucesso do combate”, revela.
O Sargento ainda destaca que o procedimento adotado pela Operação permite que o controlador passe a ser agora um elemento muito mais ativo e participativo na tomada de decisões. “A BVR2/Sabre é um divisor de águas. Até agora vivíamos enquanto dois mundos, bem preparados e parceiros, mas independentes.
Hoje esses mundos criam uma interseção. Compartilhamos de forma mais direta, participativa e presencial táticas e técnicas específicas e, portanto, aprendemos a pensar em conjunto”, explica.
De acordo com o Coronel Paulo Roberto Moreira de Oliveira, Chefe do Estado-Maior da III FAE, fortificar a interação entre pilotos e controladores parece fácil na teoria, mas exige treinamento efetivo e prática constante. “Qualquer processo de aprendizado chega a um ponto em que precisa interagir com outros saberes para fortalecer e aprimorar esse avanço.
A Força Aérea Brasileira vive esse momento. A Operação BVR2/Sabre leva a aviação de caça para o próximo nível ao aproximar pilotos e controladores e desenvolver uma parceria cada vez mais eficiente”, finaliza.