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Saturday, 23 de November de 2024
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Pilotos brasileiros suportam a força da gravidade em até 9 vezes para voar no Gripen NG

Força Aérea
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Os dois pilotos brasileiros que estão na Suécia para aprender a voar com o caça supersônico Gripen, a nova aeronave de combate do Brasil, foram aprovados no teste da centrífuga, aguentando nove vezes a força da gravidade por 15 segundos (veja o vídeo acima). O exame é necessário para que os capitães da Aeronáutica Gustavo de Oliveira Pascotto, de 33 anos, e Ramon Santos Fórneas, de 32 anos, possam adaptar o corpo a um caça de alta performance como o Gripen.

O caça pode fazer manobras rápidas que exigem maior pressão da força da gravidade sobre o corpo do piloto, que deve estar preparado para situações assim. A aeronave atinge mais de duas vezes a velocidade do som. O treinamento é importante para evitar desmaios durante o voo.

A aprovação, realizada na terça-feira (11), permitirá que os oficiais pilotem na próxima semana o jato na base da Aeronáutica sueca em Satenas, conhecida como F7 wing, a escola dos pilotos de Gripen. Segundo a coronel médica Kátia Alvim, Chefe da Divisão Técnica do Instituto de Medicina Aeroespacial (Imae), da Aeronáutica, o fato do piloto suportar 9 vezes a força da gravidade significa que ele passa a sentir, em certas manobras, a pressão de nove vezes o seu peso sobre seu corpo.

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Os capitães são os primeiros da Força Aérea Brasileira (FAB) que aprenderão a pilotar a aeronave. O Brasil pagará US$ 5,4 bilhões (mais de R$ 13 bilhões) pela aquisição dos caças. O contrato assinado com a indústria sueca Saab prevê a aquisição de 36 jatos, 28 deles da versão E (de um assento) e 8 da versão F (de dois assentos, para treinamento), que ainda estão em desenvolvimento e serão construídos de forma conjunta pelos dois países.  A previsão é que as aeronaves cheguem ao país entre 2019 e 2025.

Fórneas e Pascotto foram escolhidos pela FAB entre mais de 100 pilotos de caça brasileiros e retornarão ao Brasil em abril de 2015, após seis meses de treinamento, para servirem de instrutores. Eles também poderão ser os primeiros pilotos a usar o Gripen no Brasil, já que o governo negocia uma estratégia temporária, que envolveria o aluguel de oito caças Gripen usados pela Aeronáutica sueca a partir de 2016 e até a chegada dos novos aviões.

Segundo o capitão Fórneas, a centrífuga é um simulador dinâmico semelhante à cabine de pilotagem (cockpit) do avião. Ela prevê a pressão que a força da gravidade faz sobre o corpo humano em altitudes maiores. As sensações do piloto são monitoradas por médicos e engenheiros do lado externo da centrífuga em uma tela de computador.

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A coronel médica Kátia explica que, a medida que a gravidade aumenta, o piloto perde a visão periférica e a visão das cores, podendo levar até à perda total da visão e da consciência em voo. O exame no equipamento é necessário porque permite condicionar o piloto a reagir de maneira adequada diante da atuação da força da gravidade.

O Brasil não possui este equipamento e foi a primeira vez que pilotos nacionais passaram pelo exame. A finalidade é que ele sirva como parâmetro de preparação para a introdução de uma nova aeronave no Brasil. Antes de irem para a Suécia, Fórneas era piloto do caça F-5, na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e Pascotto comandou o caça francês Mirage 2000, aposentado pela FAB em dezembro de 2013, em Anápolis (GO).

O Brasil não possui este equipamento e foi a primeira vez que pilotos nacionais passaram pelo exame. A finalidade é que ele sirva como parâmetro de preparação para a introdução de uma nova aeronave no Brasil. Antes de irem para a Suécia, Fórneas era piloto do caça F-5, na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e Pascotto comandou o caça francês Mirage 2000, aposentado pela FAB em dezembro de 2013, em Anápolis (GO).

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Fonte | Fotos: g1