Nove pilotos do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) realizaram de 19 a 26 de setembro missões de treinamento de combate a incêndio no Distrito Federal. A bordo da aeronave C-130 Hércules equipada com o Sistema Modular de Combate ao Incêndio Aeroembarcado, os militares chegaram a despejar água em focos reais de incêndio nas proximidades de Sobradinho (DF).
“Em aproveitamento à instrução, nós combatemos focos de incêndio em uma área distante cerca de 32 km do setor norte de Brasília”, explicou o Major Bruno Morelo Rocha. Ao todo foram realizadas 20 missões de instrução. O sistema pode levar até 12 mil litros de água.
Para realizar corretamente a missão, a aeronave tem que sobrevoar a área do incêndio numa altitude de 50 metros e acionar o equipamento. O lançamento por meio de pressão dura poucos segundos e a própria inércia se encarrega de espalhar o líquido sobre o fogo. Após o lançamento, a aeronave volta para Base Aérea, onde recebe um novo carregamento de água. O processo de recarga dura cerca de doze minutos.
Segundo o Major Bruno Rocha, após acionado, o Esquadrão tem seis horas para reunir o equipamento e decolar da Base Aérea do Galeão. É necessária também uma segunda aeronave para levar mangueiras, piscinas e compressores, fundamentais para o funcionamento do sistema.
Ele explica ainda que a função do C-130 em casos de incêndio não é apagar o fogo, e sim, impedir que ele avance. “Nossa função é impedir a progressão do incêndio, não apagá-lo. O ideal, na verdade, é trabalhar em conjunto com a equipe de solo”, afirma o Major Bruno Rocha.
A Força Aérea Brasileira já realizou algumas missões reais de combate a incêndio, como em 2008 na estação ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul; em novembro do mesmo ano,em Lençóis, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia. Já em 2011, a missão ocorreu no Distrito Federal, e em 2012, no Equador. Em janeiro de 2014, o C-130 participou do combate ao incêndio no Chile.