Já calçados com coturno marrom, os 31 militares chegaram à cerimônia para receber os demais símbolos dos paraquedistas: o brevê e a boina grená.Após seis semanas de intenso treinamento, o grupo finalizou o curso de Paraquedista Militar da Aeronáutica, ministrado pelo Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), conhecido como PARA-SAR. O evento foi realizado na sexta-feira (07/08) na Base Aérea de Campo Grande (BACG).
Os paraquedistas da Força Aérea Brasileira (FAB) são preparados com instruções de busca e salvamento, busca e salvamento em combate e operações especiais. Na primeira etapa do curso, os militares passaram por exercícios para condicionamento físico. Na segunda fase, o treinamento envolveu técnicas de salto, como a saída da aeronave e chegada ao solo.
Os alunos tiveram instruções em várias modalidades de salto, como noturno, na água, semiautomático – também conhecido como salto gancho, onde o paraquedas é acionado automaticamente a saída da aeronave. Os militares também saltaram equipados com mochila e armamento.
Piloto do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), sediado em Manaus (AM) que emprega o helicóptero H-60 Black Hawk, o Tenente Elder Calenzani é um dos militares que concluiu o curso. Profissional de busca e salvamento, ele já participou de resgates de vítimas de acidentes aeronáuticos e conta como o curso de paraquedista agrega conhecimento e acrescenta flexibilidade para atuar em operações dessa natureza.
“O paraquedas é uma ferramenta a mais para que possamos chegar ao local dos acidentes com mais agilidade. Além de prestar assistência às vítimas, pode saltar levando médicos até o local. O curso também nos ajuda muito nos fatores psicológicos, pois situações delicadas como essas levamos para a vida toda”, afirma o tenente.
Mulher paraquedista
Entre os 31 militares estava a Sargento Ágatha Brenda Rodrigues Lima, a única mulher entre os participantes. Desde 2011, quando entrou para a FAB, ela já demonstrava interesse na área e, apesar das dificuldades, não desistiu de se tornar uma paraquedista.
“O curso é muito desgastante, pois os exercícios físicos foram intensos” relata. Após se equipar e estar pronta, na porta da aeronave, para realizar o primeiro salto, a militar descreve o momento como a melhor sensação que teve. “Valeu a pena ter passado por tantos obstáculos e ter vencido todos. Quando o paraquedas abriu senti uma paz interior e uma felicidade sem fim”, afirma. Agora, a Sargento Ágatha quer fazer o curso de resgate para poder salvar vidas usando o paraquedismo.
Assista ao emprego da aeronave C-130 Hércules no lançamento de paraquedistas militares:
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