Uma aeronave foi tomada por sequestradores por volta das onze e meia da noite desta terça-feira (13/05) no Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba (PR), assim que as portas foram fechadas. A simulação faz parte de uma treinamento das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública do Paraná da Operação Araucária, que prepara os militares para ações durante a Copa do Mundo.
Imediatamente a Coordenação de Defesa de Área (CDA) é comunicada e se reúne na sala do Centro Operacional Aeroportuário (COA). Por meio de câmeras instaladas no aeroporto, eles acompanham toda a movimentação.
Logo após, a tropa do exército, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar, a Polícia Civil e carros de ambulância chegam ao local. Cerca de sessenta militares se posicionam em diversos pontos ao redor da aeronave.
No COA a movimentação é grande. Cerca de 20 militares definem estratégias para prender os sequestradores com menores riscos para as vítimas. De dentro do avião, a informação é que o clima é tenso com os sequestradores fazendo ameaças e exigências.
Uma equipe especializada chega para fazer a negociação com os sequestradores. Um drone é operado pelas forças especiais para monitorar toda a ação.
Já se passaram quatro horas e a situação continua tensa. De repente, os sequestradores ameaçam a integridade física dos passageiros. Os militares, então, são autorizados a invadir a aeronave e conseguem render os sequestradores.
“A simulação pareceu real e gerou realmente uma situação de estresse que foi aumentando cada vez mais”, ressalta Alan Pereira, um do figurantes da ação que estava dentro da aeronave.
De acordo com o assessor especial do CDA, Coronel Aviador Uirassú Litwinsky Gonçalves, o exercício foi coroado de muito êxito. “Os sistemas de controle de navegação aérea funcionaram muito bem e houve uma perfeita integração entre as Forças Armadas e todos os órgãos de segurança pública que atuaram no exercício”, conclui ele.