O Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V) realizou vistoria de Segurança de Voo na Base Aérea de Canoas (RS), nos dias 9, 10 e 11 de julho.
A equipe, formada por nove profissionais (investigadores e técnicos qualificados), observou procedimentos de segurança na atividade área no Quinto Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA 5) e na área de Suprimento e Manutenção.
Com a finalidade de assessorar o comandante da Base Aérea de Canoas, os especialistas em segurança de voo direcionaram o foco para a qualidade dos Programas de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos das unidades, incluindo o controle e cumprimento das recomendações técnicas emitidas em 2013.
Durante três dias foi feita uma espécie de radiografia do ambiente pela observação e constatação de aspectos que podem passar despercebidos pelos profissionais que atuam no dia a dia da organização militar.
De acordo com o chefe do SERIPA V, Tenente-Coronel Aviador Carlos Emmanuel de Queiroz Barboza, a vistoria é para identificar possíveis riscos à atividade aérea.
“Nossa equipe é preparada e possui experiência para detectar condições de perigo latente, localizar falhas e reforçar as defesas do sistema pelo monitoramento da atividade, além de recomendar mudanças ou novos procedimentos de segurança de voo quando julgado necessário”, explica o Tenente-Coronel Queiroz.
Para o chefe de Prevenção, Major Aviador Eduardo Michelin, os profissionais envolvidos na rotina da organização nem sempre percebem detalhes que podem colocar em perigo a aviação. “A percepção externa identifica rapidamente pontos que podem gerar insegurança no local de trabalho.
Por exemplo, uma hélice desmontada e colocada em algum lugar inadequado significa que o procedimento precisa ser revisto. Na conclusão da vistoria emitimos um relatório completo e indicamos sugestões para o aperfeiçoamento do sistema”, afirma Major Michelin.
Vistoria
As vistorias na aviação militar estão previstas na legislação do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), desde que haja interesse da organização. Tais orientações estão contidas na Norma do Sistema do Comando da Aeronáutica (NSCA 3-3/ 2013).
Major Michelin lembra ainda que a segurança de voo depende de um trabalho permanente. “Não se pode esperar que aconteça um acidente para depois fazer uma vistoria de segurança de voo. A prevenção deve ser feita em intervalos de tempo predeterminados para manter a doutrina de segurança em alta”, destaca.
O trabalho da equipe do SERIPA V contou com o acompanhamento do comandante da Base Aérea de Canoas, Coronel Aviador Paulo Eduardo do Amaral Navarro.
A organização militar, que está vinculada ao Quinto Comando Aéreo Regional (COMAR V), possui cinco unidades sediadas: Esquadrão Pampa (aviação de Caça), Esquadrão de Transporte Aéreo (Aviação de Transporte), Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (Comunicações), Batalhão de Infantaria de Aeronáutica (segurança das instalações) e Grupo de Artilharia Antiaérea Autopropulsado de Defesa (operações de defesa).
FONTE : CENIPA