De acordo com recentes declarações da marinha dos EUA o sistema norte-americano de arma laser LaWS instalado a bordo do contratorpedeiro USS Ponce operando no Golfo Pérsico, passou com sucesso em todos os testes. Ele foi aprovado para o serviço regular a partir de dezembro de 2014. Por enquanto esse sistema possui limitações de potência. O LaWS só pode operar contra pequenos drones ou contra lanchas.
O sistema laser apontado contra uma lancha inimiga pode apenas aquecer e fazer avariar seu motor. Para avariar um drone é necessário irradiá-lo durante vários segundos, apontando o raio laser a um dos elementos importantes do veículo aéreo.
Dessa forma, o principal sucesso dos EUA na área das armas laser foi apenas eles se terem tornado no primeiro país a instalar esse tipo de arma num navio de guerra operacional. O próprio sistema não é revolucionário e corresponde aproximadamente aos modelos de arma que estavam sendo desenvolvidos noutros países, incluindo a China e a Rússia.
A Academia Chinesa de Engenharia Física, por exemplo, demonstrou há já algum tempo o sistema de arma laser Protetor de Baixa Altitude, semelhante ao LaWS. Ele também é capaz de abater veículos aéreos não-tripulados. Os tanques chineses são equipados com sistemas laser de proteção ativa que podem ser usados para cegar soldados inimigos.
A utilização de raios laser para destruir drones ligeiros é considerada justificada devido ao baixo custo de um tiro de laser quando comparado com mísseis ou projéteis de artilharia. No entanto, temos de tomar em consideração os elevados custos do próprio equipamento laser.
A eficiência das armas laser também se pode reduzir devido a condições meteorológicas. O inimigo pode recorrer a medidas que dificultem a utilização do laser. Para proteger o alvo podem, por exemplo, ser dispersos aerossóis especiais ou a própria estrutura do míssil ou do drone pode incorporar materiais especiais termorresistentes.
Na URSS os exercícios de tiro com o sistema laser naval Aidar, instalado no navio experimental Dikson, foram realizados em 1980. Mais tarde, o sistema experimental Akvilon atingiu com sucesso um míssil voando a baixa altitude. As múltiplas experiências soviéticas só foram suspensas com o desmembramento da URSS, mas já foram retomadas na totalidade pela Rússia nos anos 2000.
O programa da Rússia mais conhecido para criação de arma laser Sokol Eshelon pressupõe a instalação da arma laser em um avião de transporte pesado Il-76, modificado especialmente para o efeito, que adquiriu a designação A-60. A principal missão do sistema é neutralizar satélites de espionagem norte-americanos. De acordo com publicações ocidentais, a China também está desenvolvendo intensamente sistemas laser para combater satélites e mísseis interceptores.
Na situação política atual, quando ambos os países enfrentam pressões crescentes por parte dos EUA, a coordenação e a unificação de esforços para criação de uma arma laser poderiam ser, para a Rússia e China, uma forma racional para garantir sua própria segurança economizando nos custos. Entretanto, os elevados custos e a disseminação limitada desse tipo de arma excluem a ameaça de existir concorrência entre os dois países no mercado mundial de armamento.