Após dar garantias de que os Estados Unidos estão prontos para agir no Mar da China Meridional se necessário, o novo comandante americano da Flotilha do Pacífico passou o fim de semana a bordo de um polêmico avião de espionagem, conhecendo o disputado pedaço de oceano.
Em fevereiro, o Pentágono começou o lançamento de seu avião de espionagem P-8A Poseidon, baseado em bases militares nas Filipinas. A aeronave de reconhecimento mais avançada do Pentágono é capaz de combater tanto submarinos quanto embarcações na superfície. As operações americanas de monitoramento no Mar da China Meridional incomodou o governo chinês. A porta-voz do Ministério de Reçaões Exteriores solicitou publicamente que os Estados Unidos “continuassem racionais” e cessassem “atos mal planejados.”
Washington, entretanto, não demonstrou intenção de reduzir suas operações de monitoramento na região. No sábado, o novo comandante da Flotilha do Pacífico, almirante Scott Swift, embarcou pessoalmente em um voo de 7h de monitoramento sobre o Mar da China Meridional.De acordo o capitão da Marinha americana Charlie Brown, relações-públicas da Flotilha do Pacífico, Swift ficou “satisfeito com as qualidades do Poseidon.”
Pequim alega ter direito à maior parte do Mar da China Meridional, mas há alegações semelhantes de Indonésia, Filipinas, Brunei, Malásia, Cingapura, Taiwan e Vietnã. Cerca de US$ 5 trilhões em bens comerciais são transportados pelo mar anualmente.
Apesar de os Estados Unidos não terem direitos territoriais na região, Washington já manifestou seguidas vezes sua preocupação com a construção de ilhas artificiais por parte da China no arquipélago Spratly. Enquanto o governo chinês declarou várias vezes a Washington que as ilhas foram construídas para fins principalmente humanitários, os EUA encorajaram seus aliados do Pacífico a exercerem pressão militar sobre a China e aumentarem exercícios militares conjuntos com parceiros regionais.
Em maio, um avião Poseidon entrou na zona de alerta militar da China ao sobrevoar ilhas de Pequim e recebeu oito avisos antes de mudar de rota e deixar a região. O voo foi considerado “comportamento provocativo” pelo Ministério de Relações Exteriores, já que a China acreditava que o avião estava recolhendo inteligência sobre a construção das ilhas. “Liberdade de navegação e voo não significa que navios e aviões estrangeiros podem ignorar os direitos legítimos de outros países e colocar em perigo viagens por mar e ar”, disse a porta-voz do ministério, Hua Chunying, aos jornalistas na ocasião.
FONTE : Sputniknews
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