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Saturday, 23 de November de 2024
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China pede prudência a Japão por lei que libera exército em ações externas

Diversos
Por

Shinzo Abe e Xi Jinping

A China pediu neste sábado ao Japão que atue com prudência depois que o parlamento japonês aprovou a reforma militar que dá mais competências às suas forças armadas, uma medida muito questionada pelos próprios cidadãos do país e vista com receio por seus vizinhos. “Pedimos seriamente ao Japão que aprenda com as lições da história, ouça os justos pedidos de seu povo e da comunidade internacional e preste atenção às preocupações de segurança de seus vizinhos”, afirmou hoje Hong Lei, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em comunicado.

A reforma militar japonesa, promovida pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, permitirá que as forças armadas do país defendam seus aliados e prestem apoio logístico aos mesmos, em caso de ataque. Também autoriza o país a participar de operações de segurança da ONU, além de ações para garantir a segurança de rotas marítimas e para libertar cidadãos japoneses sequestrados no exterior. A constituição patrocinada pela ocupação americana após a Segunda Guerra Mundial estabelece em seu nono artigo que o Japão só pode usar a força para sua própria defesa, o que até agora impedia o envio de tropas para operações fora de seu território.

Opinião pública

Japão libera participação de suas Forças Armadas em conflitos no exterior

Pesquisas de opinião que se sucederam da decisão do parlamento japonês indicam que mais da metade dos japoneses é contrária a este novo papel do exército. Foram realizadas várias manifestações públicas. Além disso, a reforma é vista com desconfiança na China, país invadido e ocupado pelo Japão entre 1937 e 1945.

As disputas territoriais pelas ilhas Senkaku (chamadas Diaoyu em chinês), que são controladas pelo Japão, e o importante acordo de defesa entre Tóquio e os Estados Unidos contribuem para as suspeitas de Pequim, que vem construindo há anos uma marinha capaz de projetar seu poder em águas internacionais.

O porta-voz chinês reforçou o ponto de vista de Pequim de que a aprovação parlamentar da reforma militar japonesa é “uma ação sem precedentes” por parte de Tóquio desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Hong também assinalou que existe preocupação entre os “vizinhos asiáticos” do Japão por essa medida e reiterou o pedido para que Tóquio aja com prudência no terreno militar e se esforce para promover a paz e a estabilidade na região.

FONTE: Agência EFE

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