As Nações Unidas encerraram, quinta-feira (27), uma série de reuniões de treinamento com os comandantes das forças de paz da organização em todo o mundo.
Durante uma sessão no Conselho de Segurança, os chefes militares pediram apoio para os boinas azuis e para o trabalho de assistência a autoridades e às populações dos países em que as missões de paz estão operando.
O comandante da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, Monusco, Carlos Alberto dos Santos Cruz, discursou ao Conselho de Segurança.
Segundo o general brasileiro, a Monusco começará a usar “em breve” aeronaves não-tripuladas para ajudar nas operações militares no país africano.
Nesta entrevista à Rádio ONU, antes da reunião, Santos Cruz disse que a prioridade é a proteção dos congoleses.
“O foco central, o ponto central da atenção de toda o planejamento militar, de toda a estratégia militar, tem que ser a proteção de civis. Esta é a grande motivação. E todas as ações serão feitas em função de proteger os civis porque a história de violência no Congo ela é muito profunda. Se teve mais mortes no Congo do que a soma de todos os outros conflitos nos últimos 10 anos.”
A entrega das aeronaves não-tripuladas está sendo esperada para setembro. De acordo com o general, o aumento da ameaça de rebeldes e forças hostis obriga as missões de paz a se equiparem à altura.
Já o general Muhammad Iqbal Asi da Missão da ONU na Cote d’Ivoire, ou Costa do Marfim, Unoci, afirmou que não existe um modelo único para todas as missões.
Segundo ele, o trabalho dos boinas-azuis sai ganhando com cooperação entre as forças de paz. Ele citou o caso de três infantarias que foram deslocadas da Missão na Libéria, Unmil, para a Unoci, no fim de 2010, para ajudar nas eleições marfinenses daquele ano.