A possibilidade real de uma independência escocesa do Reino Unido trouxe um problema às forças armadas da Rainha: o que fazer com seu armamento nuclear. A questão surge porque a base de submarinos Vanguard, equipados com SLBMs Trident e suas ogivas nucleares, fica em Faslane na Escócia. Em caso de independência a base passa para controle escocês e complica a capacidade de dissuasão nuclear britânica.
A alternativa que está sendo estudada é a de rebasear os submarinos nos Estados Unidos pelo tempo que for necessário o mais rapidamente possível caso a independência seja confirmada.
A lógica é que a Royal Navy já depende dos EUA nesse caso, pois os mísseis Trident são de fabricação americana e isso, portanto, não representaria um risco. O Comodoro do Ar Andrew Lambert, da Associação de Defesa do Reino Unido, afirmou que o Reino Unido “poderia facilmente operar os submarinos nucleares a partir dos Estados Unidos por dez anos” enquanto se prepara uma solução de longo prazo em solo britânico.
A proposta tem apoio pesado no legislativo britânico e seria facilmente aprovada caso se opte pelo envio dos submarinos aos EUA. O que pesa em favor da decisão é a incerteza sobre o futuro da Escócia com relação à OTAN. Embora no discurso oficial os proponentes da independência afirmem o desejo de se juntar à organização, o apoio real à Aliança não é grande o suficiente para fazer disso uma medida certa. Por outro lado, a ideia já recebe apoio nos EUA.
Caso aprovada a independência escocesa os submarinos britânicos seriam transferidos para a base naval de Kings Bay, na Geórgia. Uma das bases de submarinos nucleares americanas e local de um centro de manutenção de mísseis Trident.