A União Europeia (UE) informou no dia 27 de setembro que está disposta a impor novas sanções econômicas ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, após anunciar medidas contra outros sete funcionários sob suas ordens.
O anúncio marca um tom mais severo do bloco, que até agora tratou principalmente de ajudar a mediar as conversações de paz.
“Essa grave situação… não pode ser ignorada”, disse a UE em um comunicado. O bloco mencionou ainda a crise econômica e política na Venezuela, em meio à hiperinflação e escassez de alimentos.
“A UE confirma sua disposição de trabalhar em novas medidas específicas para fomentar essa transição negociada”, informou o bloco.
As sanções recentes atingem sete membros dos serviços de segurança e inteligência da Venezuela, supostamente implicados em casos de tortura e outras violações de direitos.
As medidas preveem o congelamento de ativos e a proibição de viagens aos países do bloco. Entre os sete sancionados, quatro estariam vinculados à morte do Capitão de Corveta Rafael Acosta Arévalo, militar da Marinha da Venezuela que morreu quando estava sob custódia dos serviços de inteligência do regime de Nicolás Maduro.
“O impacto regional da crise não tem precedentes, com graves riscos para a estabilidade regional”, disse a alta representante da UE para Política Externa e Segurança Federica Mogherini.
A UE já sancionou 25 pessoas devido à crise na Venezuela, incluindo os citados funcionários no dia 27 de setembro.
Mogherini explicou que essas medidas poderão ser amenizadas se houver avanços.