A empresa Saab revelou, que algumas partes do futuro caça Gripen E, será fabricado por empresas na África do Sul.
O Gripen E é uma variante da família do caça Gripen existente e que sofreu uma remodelação significativa, “Nós estaremos produzindo em breve algumas partes dos Gripen E para a Força Aérea Sueca, aqui na África do Sul,”comunicou o presidente e CEO da Saab na África do Sul Magnus Lewis-Olsson.
“Eu não posso dizer ainda quais serão estas partes, mas afirmo que será uma boa notícia para a industria da África do Sul, assim ela vai ter vários postos de trabalho e com isso garantir o emprego de várias pessoas por um longo tempo que irá vir,” complementou o Srº Magnus.
Atualmente, a Suécia possui um pedido inicial para 60 caças Gripen E, mas no entanto, com a crise da Ucrânia, que resultou em uma decisão do governo sueco em aumentar os gastos com a defesa, o Ministro da Defesa da Suécia afirmou que gostaria de um aumento no pedido inicial para 70 aeronaves, podendo chegar a um total final de até 80 Caças Gripen E.
O Gripen E é muito mais evoluído do que o atual Gripen C/D, mais até do que foi inicialmente esperado”, diz Lewis-Olsson. “Houve uma extensa remodelação e um grande desenvolvimento de sua célula e de seus sistemas.” As versões originais do Gripen foram o Gripen A monoplace e o Gripen B Biplace, logo a seguir vieram as versões Gripen C monoplace e Gripen D Biplace.
Os Gripen A/B não estão mais em serviço na linha de frente, enquanto os Gripen C/D são operados pela Suécia, a República Tcheca, a Hungria, a África do Sul e a Tailândia . Desde o início o Gripen foi projetado e destinado a operar como um caça multifunções : ar-ar, ar-terra, anti-navio e de reconhecimento, o Gripen E também irá manter esta capacidade multifunção.
Embora que o caça Gripen E receba o nome de configuração NG (Nova Geração), ele é muito semelhante à seus antecessores dos modelos A/B/C/D, ele irá usar alguns dos mesmos componentes e sistemas (como parte dos sistemas de combustível e do fornecimento de ar, o assento ejetável, asas exteriores, pára-brisa), em muitos aspectos terá semelhanças com seus antecessores, mas na verdade será uma aeronave totalmente nova.
O Gripen E (NG) será ligeiramente maior do que as suas versões anteriores, com uma estrutura de célula diferente e uma secção de cauda redesenhada.
Ele terá mais estações de armas sobre as asas, um novo radar, sistemas de comunicações melhorados, novos aviônicos, novos sistemas de guerra eletrônica, novos sensores externos e um motor mais potente. Também irá possuir uma capacidade maior de combustível.
Um Caça Gripen D foi modificado para funcionar como base para a nova geração de aeronaves, testando vários sistemas que serão incorporados à aeronave de teste Gripen E.
Três Gripens E agora estão sendo montados (uma para teste estático e dois para o teste de vôo) .
O vôo inaugural da primeira aeronave de teste de vôo está previsto para o segundo semestre do próximo ano. A segunda aeronave de testes vai ao céus durante o primeiro semestre de 2016, com uma terceira aeronave se juntando aos teste no início de 2017.
A recente decisão pelos eleitores suíços, que em um referendo não permitiram a aquisição de 22 caças Gripen pelo governo daquele país, não minou o programa graças aos aumentos anunciados pelo governo sueco no orçamento da defesa.
Além disso, o Brasil escolheu o Gripen E como o seu futuro caça, e as negociações detalhadas entre Saab e o governo brasileiro estão em andamento com a assinatura do contrato em definitivo previsto para o final deste ano.
O pedido inicial para a Força Aérea Brasileira é de 36 Caças Gripen E (NG), incluindo os Biplace F (a Suécia não possui nenhum pedido para o Gripen F, o que terá como resultado, uma versão totalmente desenvolvida no Brasil).
Os Gripen E/F Brasileiros serão montados no país e contará com uma proporção crescente de componentes feitos no país, consequentemente atualmente é impossível dizer quais partes serão fabricadas na Africa do sul e que se estas partes também poderiam ser usado na fabricação das aeronaves brasileiras.
Caso o programa inicial de 36 aeronaves vá bem, o Brasil poderá vir a adquirir até mais 64 Gripens E/F chegando a um total de 100 caças.
FONTE : Engineeringnews