O aeroporto internacional de Karachi, um dos mais movimentados do país se transformou em um campo de batalha, após um ataque de militantes armados o Exército conseguiu retomar o controle da base aérea, foram cerca de seis horas de confronto.
Até o final da madrugada, estavam confirmadas 20 mortes, sendo 10 rebeldes, seis membros das segurança e três funcionários da companhia Pakistan International Airlines. Um suicida detonou os explosivos que estavam em seu corpo na frente de um carro blindado, ferindo gravemente as pessoas que estavam dentro do veículo.
Abid Qaimkhani, funcionário da autoridade de aviação civil, confirmou a suspensão de todos os voos, duas fortes explosões foram ouvidas durante o ataque, o que produziu uma espessa coluna de fumaça.
Um oficial do Exército informou que “quatro ou cinco terroristas conseguiram chegar às pistas do aeroporto”. Nenhum grupo extremista, no entanto, reivindicou o ataque.
O diretor-geral do Comitê de Ligação entre a Polícia e o Cidadão, Ahmad Chinoy, disse que os confrontos começaram no fim da noite (hora local), após o grupo, armado com munição e granadas, ter invadido o aeroporto.
A violência irrompeu em uma área de carga e continuou no início da madrugada. Uma aeronave cargueira foi danificada durante os combates. Segundo as autoridades paquistanesas, o fogo tomou conta de duas partes do edifício.
Dezenas de ambulâncias foram enviadas à zona de conflito para se unirem à polícia e às tropas militares.
Pelo Twitter, o major-general do Exército paquistanês, Asim Bajwa, garantiu que medidas foram tomadas para segurança das pessoas. “Todos os passageiros em aviões foram evacuados para locais mais seguros, para podermos ir a captura dos terroristas.”
Quando o controle do aeroporto foi restabelecido, o porta-voz do Exército Asim Bajwa declarou: “Zona liberada. Nenhum dano aos aviões. O incêndio visto em imagens foi extinto, mas se tratava de um prédio e não de um avião. Todas as atividades vitais do aeroporto estão intactas”.
Domingo sangrento
Também ontem, um ataque suicida contra um restaurante matou pelo menos 23 pessoas no sudoeste do país. De acordo com o ministro do Interior da província do Baluchistão, Akbar Durrani, no momento do assalto, estavam no local cerca 300 paquistaneses xiitas que retornavam do Irã.
Podemos confirmar que 23 pessoas morreram, incluindo vários peregrinos xiitas e membros das forças de segurança, declarou o chefe da pasta. Ainda segundo ele, sete pessoas ficaram feridas.
Localizado na fronteira com Afeganistão e o Irã, o Baluchistão é alvo de repetidos atos de violência e atentados contra a minoria xiita, que constitui 20% da população paquistanesa. O país lida com grupos terroristas há décadas. Uma das maiores facções radicais é o Tehreek-e-Taliban.
FONTE : correiobraziliense