Caças da Força Aérea dos EUA e da Real Força Aérea do Canadá interceptaram aviões russos que estavam voando próximo ao espaço aéreo norte-americano e canadense, revelou um porta-voz militar nesta sexta-feira. Os Estados Unidos e a Rússia estão cada vez mais em desacordo sobre as intervenções na Ucrânia, onde separatistas apoiados pelos russos vêm lutando pelo controle de partes da ex-república soviética.
Na quarta-feira, seis aeronaves da Russia entraram na zona de identificação da defesa aérea dos Estados Unidos (Adiz, na sigla em inglês), uma área além do espaço aéreo soberano dos Estados Unidos, de acordo com um comunicado do Norad, o comando aeroespacial dos EUA e do Canadá, e do Comando Norte dos EUA (Northcom).
Em resposta, “dois aviões caça F-22 baseados no Alasca, agindo sob o comando do Norad, identificaram e interceptaram duas aeronaves de reabastecimento russo IL-78 Midas, dois caças Mig-31 Foxhound e dois bombardeiros Tu-95 Bear de longo alcance junto a fronteira do Adiz, oeste do Alasca”, disse o comunicado.
Na quinta-feira, caças canadenses interceptaram dois bombardeiros Tu-95 Bear de longo alcance no Adiz canadense. Os bombardeiros russos não entraram no espaço aéreo soberano dos Estados Unidos ou do Canadá.
John Cornélio porta-voz do Norad e do Northcom, disse que essas interceptações aconteceram mais de 50 vezes nos últimos cinco anos, enquanto aeronaves russas conduzem seus exercícios. “Nós não vemos esses vôos como uma ameaça”, disse ele.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, conseguiu mais de U$S 50 milhões em assistência dos Estados Unidos durante sua visita a Washington esta semana, mas não conseguiu armamento dos EUA para seus soldados poderem usar no combate aos separatistas. Poroshenko também visitou o Canadá esta semana e recebeu ajuda na forma de U$S 182 milhões em um empréstimo de cinco anos.