A nação da Nova Centrália está sendo atacada, um grupo violento e sombrio de terroristas ameaça o comércio mundial e cabe às Forças Multinacionais Sul (MNFS) serem os salvadores da pátria.
Este é o cenário do exercício Panamax deste ano, um evento multinacional que reúne exércitos e forças de segurança de toda a região para praticar sua habilidade de proteção às entradas do Canal do Panamá e apoiar os esforços do governo deste país para proteger seu território soberano.
O Panamax 2014 é um exercício desafiador de segurança que simula operações principalmente no domínio marítimo e no país fictício de Nova Centrália, entre 8 e 14 de agosto. “Esse exercício utiliza operações combinadas e interagentes para obter respostas holísticas e integradas às ameaças transnacionais.
O exercício reforça as questões da comunicação estratégica através do enfoque nos interesses comuns, nas soluções cooperativas e na segurança em longo prazo com o objetivo de garantir a prosperidade e os ideais democráticos. É patrocinado pelo Comando Sul dos EUA e projetado e executado pelas nações participantes”, disse o Suboficial John D. Toliver, chefe de operações do Grupo de Trabalho de Operações de Informação e Comunicações.
Proposto originalmente pelo Chile, o primeiro Panamax foi realizado em 2003. O exercício se concretizou devido aos esforços coordenados entre o Chile, o Panamá e os Estados Unidos. Desde então, esse exercício militar vem crescendo significativamente ao longo dos anos com a participação e recursos de diversos países.
A força multinacional de 2014 inclui militares e membros da equipe integrada do Brasil, Belize, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, El Salvador, França, Guatemala, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e Estados Unidos, e a cooperação das Nações Unidas e da Conferência dos Exércitos Centro-Americanos.
O treinamento, em sua maior parte simulado, deste ano incluirá o uso de um avião B-52 para apoiar a detecção marítima e o monitoramento, e será a primeira vez em três anos que um aparato militar real de porte será utilizado durante o exercício.
O principal objetivo do Panamax é assegurar que as nações parceiras estejam melhor preparadas para trabalhar juntas caso algum dia o governo do Panamá solicite ajuda para proteger o tráfego comercial através do canal – uma hidrovia de 82 quilômetros que liga os oceanos Atlântico e Pacífico – e garantir sua neutralidade.
“As operações combinadas de interdição marítima durante o exercício são uma oportunidade para o intercâmbio de técnicas, táticas e procedimentos e de melhorar a capacidade de funcionarem como uma força multinacional”, disse Juan Chávez, Primeiro-Sargento da Marinha peruana e que participa do exercício deste ano.
O Panamax é um dos maiores exercícios multinacionais de treinamento de todo o mundo, e este ano tem sua base principal em Mayport, Jacksonville, na Flórida, onde mais de 600 militares se reúnem para trabalhar em conjunto, além de instalações também no Texas, Miami, Mississippi e Mar do Caribe.
Membros do Comando Sul dos Estados Unidos e das Forças Sul do Corpo de Fuzileiros Navais sediados em Miami, além de pessoal das Forças Sul da Marinha da Estação Naval Mayport e das Forças Aéreas Sul da Base da Força Aérea Davis-Monthan em Tucson, Arizona, estão entre os participantes norte-americanos do exercício.
O Canal do Panamá é considerado uma das áreas de melhor localização estratégica e importância econômica da infraestrutura mundial. Seis por cento do comércio mundial passam pelo Canal do Panamá anualmente, representando aproximadamente 400 milhões de toneladas de produtos.
O canal é crucial para o livre fluxo do comércio mundial, e a estabilidade econômica da região é fortemente dependente do transporte seguro de muitos milhões de toneladas de carga pelo canal a cada ano.