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Thursday, 21 de November de 2024
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Forças Especiais dos EUA e os Kaibiles promovem a parceria

Diversos
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Guatemalan_Special_Forces_Soldier__Kaibil__PHOTO_1-650_431Por  Osvaldo Equite

Há aproximadamente mil anos a civilização maia prosperava à medida que desenvolvia avanços em escrita, arquitetura, estudos matemáticos e astronômicos por todo o istmo da América Central. A Guatemala é considerada o coração da antiga civilização maia. A nação é a mais populosa dos países da América Central, e é um destino de viagem popular para milhões de pessoas de todo o mundo que desejam visitar e experimentar a beleza da cultura maia.

Contudo, as altas taxas de crimes e assassinatos do país estão entre as mais altas do mundo, e podem ameaçar a crescente indústria do turismo local. Segundo um relatório de 2012 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, o crime organizado transnacional na Guatemala tem um custo que é geralmente na forma de violência.

No relatório, perguntou-se a milhares de guatemaltecos qual era o problema mais importante enfrentado pelo país. Não foi surpresa que a pesquisa de opinião pública no relatório apontasse que o crime derrotou o desemprego por uma margem de 5 para 1. É uma preocupação que os funcionários do governo guatemalteco estão encarando com alguns de seus soldados de mais alto nível, conhecido como Kaibiles, a Força de Operações Especiais da Guatemala.

Com atividades ilícitas como tráfico de drogas dentro de suas fronteiras, os Kaibiles designados ao “Grupo Especial de Interdição e Resgate,” ou GEIR, treinam diariamente para derrotar esta e outras ameaças que sempre estão em mutação. O GEIR é considerado como a melhor força de combate da Guatemala.

“Em qualquer país há sempre um risco que ameaça vidas e propriedade diariamente”, disse um coronel guatemalteco designado para o GEIR e que, por motivos de segurança, falou sob anonimato. “A ameaça [na Guatemala] é real — e o crime organizado como os cartéis, terroristas, ou quem possa ser, ameaça as pessoas de nosso país.”

O GEIR está encarregado de neutralizar, prevenir, e agir contra qualquer ameaça de narcoterrorismo no país. Com o apoio dos Boinas Verdes designados ao 7º Grupo de Forças Especiais, a missão do GEIR é simples: manter a Guatemala segura.

“Com o treinamento e apoio que recebemos dos soldados americanos nós continuamos a aprimorar nossas técnicas para enfrentar os traficantes de narcóticos,” disse o coronel. “Como soldados, nós precisamos estar unidos contra aqueles que ameaçam nossas vidas, e somente estando unidos podemos superar o inimigo e defender vidas inocentes para que elas possam prosperar.”

Os membros do 7º grupo estão sob o comando operacional do Comando Sul de Operações Especiais dos EUA, em Homestead, Flórida, que é responsável por todas as operações especiais no Caribe, Américas Central e do Sul, em apoio ao Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM). O SOUTHCOM ajuda as nações parceiras através de intercâmbios de treinamento possibilitados por seu programa de cooperação de segurança do teatro de ações.

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Os programas de treinamento, como o da Guatemala, permitem às nações treinarem junto em um esforço contínuo para melhor proteger as fronteiras nacionais e aumentar a capacidade da nação anfitriã de realizar operações especiais. “Os Kaibiles são um grupo muito profissional, e aqueles selecionados para o GEIR são formados por um conjunto de militares muito experientes,” disse um médico das Forças Especiais do Exército americano designado para o 7º Grupo de Forças Especiais que trabalha diariamente com os GEIR. “Eles nos recebem bem e sabem que estamos aqui para ajudar.”

Não importa aonde estejam posicionados ao redor do mundo, ajudar a construir capacidade militar e trabalhar com as contrapartidas da nação parceira para impedir ameaças à segurança é algo que os soldados das Forças Especiais dos EUA fazem de melhor. A missão na Guatemala não é diferente. “Ao proporcionar treinamento e desenvolver seus líderes subordinados para trabalharem com seus oficiais, nós podemos melhorar suas habilidades. Com base no que vimos aqui, os suboficiais são completamente capazes de realizar seu próprio treinamento. É algo comum para eles,” ele acrescentou.

Para o coronel do GEIR e seus homens, que são considerados como a primeira resposta para lidar com as operações de combate ao tráfico de narcóticos, o treinamento é a diferença entre a vida e a morte. “O treinamento é extremamente importante e precisa ser constante,” disse o coronel. “Temos um ditado aqui: ‘é melhor ter suado mil gotas de água do que ter sangrado uma gota de sangue,” enfatizando quão vital o treinamento é para uma força de reação rápida como o GEIR.

Quando visitei o grupo, o treinamento era focado na precisão durante um evento de pontaria com pistola. Enquanto os membros do 7º Grupo das Forças Especiais observam de uma distância de 50 metros, os suboficiais dos Kaibiles alinham suas tropas enquanto todos gritam: “Si avanzo…sígueme, Si me detengo…Apremiame, Si retrocedo…mátame. Kaibil!” O lema dos Kaibiesl que quer dizer: “Se eu avançar, siga-me. Se eu parar, force-me adiante. Se eu retroceder, mate-me. Kaibil!”

Admirando a rapidez e a efetividade dos soldados das forças especiais guatemaltecas, os americanos observam enquanto os militares dos GEIR realizam o treinamento. “Eles estão todos motivados e são muito capazes,” disse um deles do 7º grupo de Forças Especiais. “É por isso que eles estão aqui — eles estão se extenuando [e seu esforço tem resultados] em tudo o que eles fazem.”

O treinamento ocorre 24 horas por dia. Com tantas missões, a unidade requer orientação e apoio constante para aperfeiçoar sua arte. A equipe do Destacamento Operacional Alfa, ou ODA, das Forças Especiais dos EUA fornece ao GEIR orientação em todos os aspectos das operações militares.

“Treiná-los em processos operacionais e treinamento logístico é um dos principais objetivos nos quais nos concentramos,” disse o médico das Forças Especiais. Além disso, a equipe do ODA está trabalhando regularmente com os membros do GEIR em combate em recintos fechados, familiarização com armas, técnicas de disparo de precisão, assistência médica, e comunicações, apenas para mencionar algumas — mas sempre enfocada em desenvolver líderes de pequenos grupos porque o valor dos Kaibiles é testado diariamente.

“A única vez quando interrompemos o treinamento é quando somos chamados para fazer nosso trabalho,” disse o coronel. “Como Kaibiles, estamos sempre pontos. Para qualquer missão, sob qualquer circunstância, dia ou noite, somos disciplinados e desejamos seguir as ordens de nossos comandantes para o bem-estar do povo guatemalteco.”

Os Kaibiles, que estão baseados na “Brigada de Forças Especiais Kaibil” aqui, estão constantemente engajados em eventos de treinamento, ou são mandados ajudar a proteger as vidas de civis devido a sua especialização em operações de interdição e resgate. “Tenho orgulho de nossos soldados e do que eles fazem para melhorar nosso país,” ele disse. “O inimigo deve saber que sempre há um Kaibil de prontidão e desejando preservar a paz para que possamos melhorar nosso país, e para que nosso povo possa ter uma vida frutífera.”

NOTA : O Autor do texto é 3º Sargento do U.S Army

Fonte | Fotos: dialogo