Na falta de um contrato com preços e prazos definidos, Hollande anunciou ter fechado um “acordo político” com o governo indiano. Analistas estimam que o valor global do contrato pode chegar a € 9 bilhões, cerca de R$ 40 bilhões, mas as autoridades indianas ainda tentam obter um desconto de 10% a 20% da fabricante Dassault. O governo indiano anunciou no ano passado a decisão de adquirir os aviões franceses. “O Rafale é um projeto maior entre a Índia e a França. Ele abre a possibilidade de uma cooperação tecnológica e industrial sem precedentes para os próximos 40 anos”, afirmou Hollande.
França está interessada em construção de reator nuclear
Além dos Rafale, os dois países tentam também concluir as negociações para a venda de dois reatores nucleares EPR para a usina de Jaitapur, no sul de Mumbai. Em sua visita à Índia, Hollande já participou de um fórum com empresas francesas e indianas. O líder socialista viaja acompanhado de cerca de 50 dirigentes de empresas, de diversos setores: energia, transportes e infraestruturas urbanas. O governo francês quer reforçar as parcerias econômicas e comerciais com o país, que deverá atingir 7,5% de crescimento entre 2015 e 2016. As empresas francesas estão particularmente interessadas no programa do governo que prevê a construção de cidades inteligentes, que seriam modelos de desenvolvimento sustentável.
Governos indiano e francês também discutem cooperação contra terrorismo
A luta antiterrorista também é umas prioridades da viagem do presidente francês. A Índia é alvo constante de ataques na fronteira com o Paquistão. No início do ano, a base aérea de Pathankot foi atacada por grupos extremistas pró-paquistaneses.