O governo Italiano está em negociações com os Estados Unidos para que este país se torne o principal centro de serviços na Europa para os caças F-35 da Lockheed Martin. Isso seria feito através da empresa Finmeccanica (o Governo italiano é dono de 30%), particularmente na sua unidade de negócios na Alenia Aermacchi.
Esta declaração foi dada pelo ministro da Defesa da Itália Roberta Pinotti, durante uma entrevista no dia 2 de julho. Ela referiu-se às negociações em curso entre os governos italiano e norte-americanas e, especificamente, com o secretário de Defesa, Chuck Hagel.
O ministro destacou a importância de manter o compromisso italiano liderado pela Lockheed Martin, apesar de a Itália ter reduzido em 2012, seu pedido inicial de 131 aeronaves para 90, esse número poderia ser reduzido ainda mais chegando a apenas 45 aeronaves.
No entanto, este anúncio de redução poderia ser interpretado como uma forma de pressão sobre a Lockheed Martin para melhorar a posição da Finmeccanica no programa, como foi explicado em fevereiro, quando o anúncio foi feito.
A Itália teria dito aos Estados Unidos que a redução do pedido inicial era estritamente devido a razões financeiras e que o compromisso com o projeto continuava firme, não considerando a qualquer momento abandonar o programa internacional.
Em meados de julho está previsto uma visita a Itália do Srº Frank Kendal, subsecretário de defesa para aquisição, tecnologia e logística, homem-chave dos programas de aquisição de equipamento militar nos Estados Unidos. Em 18 de julho, ele vai visitar a fábrica Cameri.
Na base aérea de Cameri se encontra a única linha de montagem final e o centro de Montagem Final, Check Out / Manutenção, reparo, revisão e atualização (Final Assembly and Check Out/Maintenance, Repair, Overhaul & Upgrade – FACO/MRO&U) dos caças F-35 fora dos Estados Unidos.
Nestas instalações será feita a montagem final dos F-35 encomendados pela Itália e pela Holanda, e é onde a Itália cogita estabelecer um centro de manutenção de toda a frota europeia dos F-35.
A Itália é o segundo maior sócio europeu do programa Joint Strike Fighter atrás apenas do Reino Unido, que é um parceiro do nível 1.
O país planeja adquirir 90 aeronaves, sendo 30 delas para a versão de decolagem curta e pouso vertical(STOVL).