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Friday, 22 de November de 2024
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Marinha do Chile organiza a Exponaval 2014 e promove exercício marítimo antipirataria

Diversos
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A Marinha do Chile organizou recentemente a Exibição e Conferência Internacional Naval e Marítima para a América Latina, a Exponaval 2014, e uma conferência para a indústria marítima. De 2 a 5 de dezembro, mais de 140 oficiais da América Latina, além de representantes de forças navais e indústrias de defesa do mundo todo, reuniram-se para a bienal Exponaval, que priorizou os temas da maximização da eficiência energética e da proteção ao meio ambiente.

A presidente chilena, Michelle Bachelet, inaugurou a nona sessão da exposição, que também inclui a quarta Exposição da Indústria Marítima e Naval para a América Latina, a Trans-Port 2014, na Base Aérea e Naval de Viña del Mar e na comuna de Concón. A cerimônia também contou com a presença do ministro da Defesa do Chile, Jorge Burgos; do Almirante Enrique Larrañaga, comandante da Marinha do Chile; e de líderes das marinhas do Equador, Portugal, Canadá e Reino Unido.

O Ministério da Defesa do Chile organiza a Exponaval e a Trans-Port desde seu início, em 1998 e 2008, respectivamente.

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Indústria da defesa exibe tecnologia marítima

Nas duas conferências, 32 delegações navais se reuniram e fortaleceram seus laços de cooperação. Na conferência marítima, autoridades da indústria de defesa exibiram a última tecnologia naval desenvolvida por empresas dos Estados Unidos, Europa e Ásia. “Um evento como esse nos permite ganhar conhecimento tecnológico de uma forma tangível, abrindo espaço para que profissionais das indústrias marítima e de defesa possam compartilhar conhecimento”, diz Larrañaga.

Durante a conferência marítima e a Exponaval 2014, representantes de estaleiros apresentaram desenhos avançados para barcos de guerra, embarcações civis e submarinos. Empresas aeronáuticas, fabricantes de sistemas de armas e de equipamentos de comunicação e eletrônica para coleta de inteligência e segurança na navegação também exibiram seus produtos.

As principais inovações em destaque na Exponaval 2014 foram motores navais mais silenciosos, que utilizam combustível menos contaminante e produzem altos níveis de energia. Indústrias de submarinos exibiram submersíveis mais difíceis de se detectar que os modelos anteriores. A construção naval também apresentou novos barcos mercantes que são mais eficientes no envio de contêineres que seus antecessores, disse o diretor da Exponaval 2014, Carlos Parada Meyer.

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Em busca de maior eficiência energética

Marinhas e empresas privadas da América Latina buscam embarcações com eficiência energética para ajudar a proteger o ambiente. Durante a conferência Exponaval 2014, o ministro da Energia do Chile, Máximo Pacheco Matte, falou sobre “as medidas de eficiência energética que diversos países estão adotando, no caso da indústria marítima, com o objetivo de introduzir uma economia de cerca de 30% no consumo de combustíveis, através do uso crescente de gás natural liquefeito (GNL) como um substituto lucrativo do petróleo.” Matte fez essas observações na conferência “Os Desafios de Eficiência Energética e Meio Ambiente para as Marinhas e a Indústria Marítima”.

Melhorar a eficiência energética é uma medida econômica e ajuda a proteger o meio ambiente. “Embora às vezes seja caro implementar normas destinadas a prevenir a poluição dos navios, algumas medidas podem contribuir para a economia, como no caso da eficiência energética”, diz Edmund Hughes, representante da Divisão de Meio Ambiente Marinho da Organização Marítima Internacional (OMI).

Exercício de interdição naval

Além das apresentações sobre a melhoria da eficiência energética, a Exponaval 2014 contou com exercícios navais. Em 4 de dezembro, por exemplo, mais de 10 navios da Marinha do Chile participaram de um exercício de interdição marítima contra a pirataria na Baía de Valparaíso. As embarcações navais também participaram de um exercício de controle de poluição.

Durante a simulação, a Marinha do Chile capturou um grupo de piratas de petróleo e assumiu o controle do barco do qual eles haviam se apoderado. O Grupo de Abordagem e Registro da Marinha do Chile (GARA) também participou do exercício.

Combate à pirataria marítima

“Esse tipo de exercício realizado pela Marinha é uma amostra das capacidades que alcançamos na operação de barcos de patrulha oceânicos para combate a pirataria, terrorismo e narcotráfico”, diz o Capitão Daniel Coca, chefe do Centro de Treinamento Naval do Chile.

As manobras também simularam uma evacuação aérea médica de pacientes feridos. Tripulantes do OPV Piloto Pardo e do petroleiro Arauco participaram do exercício de treinamento. Forças militares chilenas também mobilizaram lanchas, jet skis e botes infláveis, além de dois helicópteros.

Novos barcos em construção

Além de realizar exercícios militares, o governo do Chile anunciou a construção de um barco que será usado na região antártica e de um cais flutuante. “Nossa meta é ter um navio com as capacidades necessárias para executar todas as operações na Antártica, incluindo uma capacidade renovada de realizar pesquisa científica”, disse a presidente Bachelet.

O novo navio antártico em construção substituirá o quebra-gelo Almirante Oscar Viel que se aproxima do fim de sua vida útil. Ele foi construído em 1969 pela Marinha do Canadá e adquirido pelo Chile em 1994.

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O governo chileno também está construindo uma novo barco de patrulha da zona marítima que reforçará sua capacidade de proteger a zona econômica exclusiva do Chile. Além disso, as autoridades iniciaram estudos sobre a viabilidade de um novo dique, o terceiro dos Estaleiros e Armeiros da Marinha (ASMAR), para satisfazer às necessidades de manutenção dos barcos Post Panamax no Pacífico Sul Oriental. “O desafio para as marinhas da América Latina é integrar temas de segurança com os temas navais tradicionais”, diz Navarro.

Fonte | Fotos: dialogo