O parlamento alemão cancelou as encomendas dos fuzis de assalto H&K G36 de fabricação nacional, por problemas acarretados na falta de precisão e um sobreaquecimento de peças quando existe diferença de temperaturas ambientes, informou a mídia alemã neste domingo. Um estudo encomendado pelo Ministério da Defesa Alemão revelou falhas graves no fuzil G36, onde o fuzil tende a aquecer durante o fogo contínuo e torna-se pouco confiável em caso de mudanças de temperatura de ambiente, o que acontece logo depois dos disparos.
Além disso uma mudança de ambiente seco para úmido leva a problemas no mecanismo da arma, relata o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung. As revelações contidas em um relatório de 372 páginas, podem vir a ser um duro golpe para o ministro da Defesa, Ursula von der Leyen, uma aliada próxima e confidente da chanceler Angela Merkel.
O Exército Alemão (HEER) lidera uma força de reação rápida da OTAN na Europa Oriental para defender os países europeus, incluindo a Polônia, Letônia, Lituânia e Estônia, contra uma ameaça da parte Russa. A formação desta força de intervenção é parte de uma escalada militar sistemática por parte da OTAN na Europa Oriental. Ursula von der Leyen disse que cerca de 4.000 homens das tropas do exército participarão em breve de um exercício militar conjunto na região do mar Báltico.
No entanto, agora parece que o Exército Alemão terá menos equipamentos para utilizar, tendo em conta os relatos de graves falhas encontradas em seus veículos blindados e agora nos fuzis G36. Foi criada uma comissão especial para determinar se o rifle representa uma ameaça real para a sobrevivência em combate dos soldados.
Ursula von der Leyen sabia dos problemas nos fuzis G36 desde o final de março e tinha planejado recolher as 167.000 unidades defeituosas. O fabricante do rifle, a empresa Heckler & Koch (H&K), rejeitou as críticas dos especialistas e ameaçou processar o governo. O fuzil G36 foi criado no início da década de 90 pela Heckler & Koch Company, e era destinado a substituição dos fuzis G3, já obsoletos.
Em abril de 2012 surgiram os primeiros relatos de que os fuzis G36 usados no Afeganistão poderiam sobreaquecer durante tiroteios intensos. O sobreaquecimento afetou a precisão do G36, tornando difícil atingir alvos a 100 metros, pouco eficaz a 200 metros e totalmente ineficaz a 300 metros. O fuzil G36 tem sido considerado inadequado para longas batalhas, e a empresa declarou que o rifle não foi projetado para fogo contínuo sustentado.
FONTE : Sputniknews
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