Todo o mundo conhece os submarinos militares russos: os terríveis Borei, que servem a marinha sob o gelo do Ártico, os multifacetados Iásen, capazes de atacar até mesmo alvos terrestres, e os silenciosos Varchavianki, que conseguem ver o inimigo a centenas de quilômetros de distância.
Todos esses submarinos estão equipados com armamento moderno e se encontram em prontidão total de combate. No entanto, existe na frota subaquática russa submarinos sem armas, cuja existência está oculta por detrás de um véu de mistério.
Os seus tripulantes são submarinistas especialmente selecionados com no mínimo, cinco anos de experiência e têm que passar por um exame médico com requisitos semelhantes ao de astronautas.
Os submarinos para fins especiais pertencem à Direção Geral de Pesquisa em Águas Profundas (GUGI, na sigla russa), que, por sua vez, está subordinada ao Ministério da Defesa.
Projeto 1910 Cachalote
Os submarinos do projeto 1910 formam a primeira geração de estações científicas de pesquisa atômica de pequeno deslocamento para operação longas com diversos fins a grandes profundidades oceânicas. Esses submarinos estão equipados com sistemas robóticos, manipuladores e outros.
São utilizados não apenas para fins científicos e de reconhecimento, mas também como meio de transporte de mergulhadores militares. Durante o desastre com o submarino K-141 Kursk, uma das estações desse projeto foi levada para participar dos trabalhos de busca e salvamento.
Projeto 1851 Paltus
O projeto 1851 é uma continuação do projeto de 1910. As supostas capacidades deste submarino são: realizar operações especiais de reconhecimento, colocar interferências em rotas de patrulhamento de submarinos atômicos da Marinha Russa, recuperar objetos do fundo do mar e embarcações afundadas, bem como efetuar tarefas científicas e técnicas. Graças ao seu tamanho pequeno, ele pode ser usado para operações de sabotagem em diferentes regiões do fundo oceânico.
BS-136 Orenburg
O submarino atômico BS-136 Orenburg se destina ao transporte de estações de águas profundas para a área de execução da tarefa. Um submarino menor “entra” nele e a estação transporta-o até a zona onde uma operação especial esteja sendo conduzida. Foi construído segundo o projeto 667BDR (Delta III) e, em 2002, convertido para o projeto 09786. No processo de conversão, o compartimento dos mísseis foi eliminado do submarino.
No lugar dele foi inserido um compartimento para o transporte de estações submarinas nucleares de águas profundas, deixando ainda livre uma confortável área para as atividades vitais da tripulação. Em 2012 o submarino participou do projeto 10831 como transportador da estação atômica de grande profundidade (AGS) para a área da expedição científica “Arctic 2012”.