A SSM (Savunma Sanayii Mustesarligi – Subsecretária de Industria de Defesa) da Turquia postergou o prazo para que as três empresas que hoje concorrem ao programa T-LORAMIDS (Turkish Long Range Air and Missile Defence System) que visa fornecer às Forças Armadas Turcas um sistema móvel de defesa anti-aérea de longo-alcance possam submeter as suas propostas atualizadas.
Esta já é a quarta vez que a organização toma a decisão de estender o prazo motivando um sério atraso na implementação do programa. Os fabricantes EUROSAM, Raytheon/Lockheed Martin e China Precision Machinery Import-Export Corporation (CPMIEC) terão agora até o próximo dia 31 de Dezembro para submeterem as suas ofertas finais.
A primeira formada pelas empresas Thales e MBDA propôs o sistema SAMP/T (Sol-Air Moyenne Portée/Terrestre) hoje operado pela Força Aérea Francesa e Exército Italiano; a CPMIEC participa com o sistema HQ-9/FD-2000; e o consórcio formado pelas empresas Raytheon e Lockheed Martin oferece o PAC-3 (PATRIOT Advanced Capability 3) já adquirido pelos Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Emirados Árabes Unidos, Japão, Taiwan, Kuwait e o Reino da Arábia Saudita e possivelmente Israel.
Em Setembro de 2013, as autoridades Turcas decidiram iniciar um processo de negociações com a CPMIEC que logo motivou fortes críticas por parte dos membros da OTAN e individualmente por altos representantes de alguns países da aliança. Logo depois, a Turquia optou por modificar a sua ideia original permitindo às empresas rever as suas propostas iniciais.
O SAMP/T incorpora o míssil MBDA Aster 30 Block 1 e o radar Thales Air Systems ARABEL (antenne radar balayage electronique), e o PAC-3 o míssil Raytheon Integrated Defense Systems MIM-104F e o radar Lockheed Martin Missiles and Fire Control AN/MPQ-65.
Seis baterias de sistemas PAC-3 da Alemanha, Estados Unidos e Holanda asseguram presentemente a defesa da Turquia contra possíveis mísseis provenientes do território Sírio. A Holanda anunciou que retirará as suas duas baterias no final de Janeiro de 2015.