O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou recentemente que a Venezuela tem a intenção de comprar mais armas russas e chinesas para fortalecer a Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb).
“Conversei com o presidente Vladímir Pútin e com o presidente Xi Jinping. Concordamos que mandaremos comissões de trabalho para conhecer os equipamentos mais avançados e fortalecer o nosso país”, declarou Maduro.
A ministra venezuelana de Comunicação e Informação, Delcy Rodríguez, confirmou a notícia através de sua conta no Twitter: “Nicolás Maduro anunciou o apoio da Rússia e da China para fortalecer a Fanb.” Em julho, Rodríguez também declarou que a Rússia abriu uma nova linha de crédito para a Venezuela.
Projetos energéticos e militares
A cooperação comercial entre a Rússia e a Venezuela continua alta. Em maio, a empresa petrolífera russa Rosneft assinou um contrato com a empresa estatal venezuelana Petróleos de Venezuela (Pdvsa) para a compra de 1,6 milhões de toneladas de petróleo por US$ 2 bilhões.
Além disso, a empresa venezuelana gastará US$ 7,5 bilhões em petróleo durante os próximos cinco anos. A Rosneft e a Pdvsa têm cinco projetos conjuntos de extração de petróleo na Venezuela.
Em 31 de março, a Rússia declarou que pretende aumentar as vendas de armas na América Latina. Segundo o diretor do Serviço Federal Russo para Cooperação Técnico-Militar, Aleksadr Fomin, o país planeja aumentar as vendas principalmente para Uruguai, Argentina, Brasil, Colômbia e Venezuela.
“A demanda pelos equipamentos russos, inclusive helicópteros de transporte, de combate e de múltiplas funções nos países da América Latina vai crescer”, diz Fomin.
O diretor de comunicações da empresa Rostec, responsável pela produção de armamento, Vassíli Brovko, declarou que a empresa já assinou vários contratos com a Venezuela, cujo preço total é de US$ 12 bilhões. “São aviões, helicópteros, sistemas de defesa antiaérea, carros Lada, caminhões Kamaz, entre outros”, disse.