A Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.) e a FDTE (Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia) assinaram, no dia 5 de setembro, um acordo de parceria para a realização de pesquisa, desenvolvimento e implantação do Projeto Conceitual do Complexo Radiológico do Estaleiro e Base Naval (EBN) da Marinha do Brasil, que está sendo projetado pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).
Nesse complexo que a Marinha constrói em parceria com a empresa Odebrecht, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, serão realizadas as etapas de construção, montagem, integração, lançamento, operação e manutenção dos novos submarinos. O complexo integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que está sendo conduzido pela Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, com apoio do CTMSP e da Amazul.
O Complexo Radiológico são áreas em que serão aplicadas normas nacionais e internacionais de segurança nuclear, daí a necessidade de um rigoroso projeto conceitual, anterior às fases seguintes do projeto e de construção do complexo. Essas áreas compreendem a manutenção de reatores nucleares, instalações marítimas, suporte e instalações do SN-BR (submarino de propulsão nuclear), instalação de proteção física e gestão de emergência, entre outras.
A missão primordial da Amazul, estatal constituída em agosto de 2013, é viabilizar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as Águas Jurisdicionais Brasileiras. Para executar seus projetos e oferecer serviços tecnológicos, a Amazul retém, atrai e capacita recursos humanos de alto nível, e busca se associar com organizações públicas e privadas de alto nível tecnológico.
A FDTE é uma organização de notória especialização na área de pesquisa e desenvolvimento, com mais de 40 anos de experiência nas mais diversas áreas da engenharia. Foi criada por um grupo de professores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico do Brasil.
A instituição é reconhecida pela importante contribuição que tem dado ao País nas questões ligadas ao seu desenvolvimento. Grandes feitos contribuíram para esse reconhecimento. Nasceu do Laboratório de Sistemas Digitais o histórico “Patinho Feio”, como foi chamado o primeiro computador brasileiro, construído em 1972.
Com o patrocínio da Marinha foi desenvolvido o G10, que se tornou o segundo computador genuinamente brasileiro, também criado pela FDTE. Entre os resultados do projeto, surgiram profissionais capacitados, diversas ramificações na difusão do conhecimento e empresas nacionais para atuarem no setor.