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Friday, 22 de November de 2024
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Marinha faz testes com míssil Mistral na Marambaia

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Mistral

A Marinha do Brasil (MB) fez pela primeira vez um teste noturno com o míssil superfície-ar MSA Mistral. Segundo a Força Naval, o lançamento foi conduzido por cerca de 65 militares do Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea na Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro (RJ). O míssil superfície-ar portátil é guiado por infravermelho, usado para a defesa aérea de curto alcance. O sistema pode receber câmera térmica para efetuar disparos noturnos. O tempo de engajamento, a partir da iniciação da sequência de disparo até o lançamento do míssil, é de menos de cinco segundos, sem designação prévia de alvo, e cerca de três segundos, se existe alerta.

No dia 19 de junho, pela primeira vez na história do Corpo de Fuzileiros Navais, o MSA Mistral foi disparado em condições de visibilidade reduzida, que dificultam sobremaneira todos os procedimentos necessários para efetuar a operação. O lançamento teve como objetivo adestrar os militares em um ambiente que mais se assemelha a um possível combate real, onde fatores externos determinam com maior intensidade o sucesso da missão. O míssil lançado possui sistema de direção atraído pelo calor do alvo e o alcance de 6 km, atingindo a velocidade aproxima de 840 metros por segundo.

MSA MISTRAL

O processo de aquisição do MAS na Marinha começou em 1994 para a Bateria de Artilharia Antiaérea do Corpo de Fuzileiros Navais. O míssil fabricado pela francesa Matra tem como característica “Fire and Forget”, ou seja, após disparado não é necessário qualquer outra ação do atirador. O primeiro disparo do míssil pela MB foi realizado em 1997. Até hoje, as unidades de tiro de mísseis comunicam-se como Radar Giraffe por meio de rádios, sem haver transmissão digital de dados. A manutenção do MSA Mistral desenvolve-se de forma diferente dos Canhões, pois a Marinha adquiriu o mesmo armamento para o Navio Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais, com o diferencial de ser disparado de um reparo duplo chamado SIMBA. Isso permitiu a existência de uma cadeia de manutenção e fornecimento de suprimentos, tendo como elemento principal o Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha.

 

Fonte | Fotos: operacional