News

Em celebração do dia do Soldado em Brasília, empresários gaúchos são agraciados com a Medalha Exército Brasileiro

Forças Armadas e sociedade civil transportam 3,6 mil toneladas de donativos ao Rio Grande do Sul na maior campanha humanitária já registrada no país

Embraer e FAB colaboram com logística e doações para o Rio Grande do Sul

P-3AM Orion faz primeiro voo com novas asas

ABIMDE coordenou empresas brasileiras na Defence Service Asia 2024

KC-390 Millennium transporta Hospital de Campanha da FAB para Canoas

Hospital de Campanha da Marinha inicia atendimentos no RS nesta quinta-feira (9)

Tuesday, 26 de November de 2024
Home » Ministério da Defesa » Clube Militar vai divulgar lista de agentes mortos

Clube Militar vai divulgar lista de agentes mortos

Ministério da Defesa
Por

 

clubemilitar6704 Por MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

O Clube Militar prepara para esta quinta (11) a divulgação de uma lista com cerca de 120 nomes de militares, policiais e civis mortos em ações da luta armada contra a ditadura militar (1964-1985).

“Não temos aqui nenhuma intenção de desrespeito ou desejo de volta ao passado. Agora se querem restabelecer a verdade é preciso contar toda a história e não apenas olhando por um viés. Não descarto que houve excessos do nosso lado durante este período. Mas e os militares que foram mortos em serviço?”, disse o presidente do clube, general Gilberto Pimentel.

Segundo o general, o relatório da Comissão Nacional da Verdade divulgado nesta quarta (10), em Brasília, é um “equívoco muito grande”. A comissão divulgou uma lista com 434 pessoas mortas ou desaparecidas vítimas dos militares durante o regime. O conteúdo do relatório surpreendeu e irritou militares da ativa e da reserva.

Em um artigo no site da associação, o general Marco Antônio Felício da Silva diz que o documento é uma “retaliação à memória dos generais que presidiram o país e são citados no relatório”.

O general Nilton Cerqueira, 84, foi um dos 377 responsabilizados pelos integrantes da comissão como responsável por crimes contra a humanidade durante a ditadura. Ele disse, na manhã de quarta (10), não ter lido o documento, mas questionou seu conteúdo.

“Não li ainda, mas pretendo ler. Agora só tenho uma pergunta: sou eu, que cumpri a lei, que violei os direitos humanos? E os terroristas? São o que? Inclusive, a terrorista que é presidente do país?”, em referência à presidente Dilma Rousseff (PT).

Com cargos de chefia no Exército e na Polícia Militar do Rio durante o regime, o militar é apontado no documento como líder da perseguição e morte de Carlos Lamarca, da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), em 1971, e de mais dez pessoas durante a ditadura militar.

De acordo com o documento da Comissão, o general Cerqueira, em 1971, era chefe da 2ª Seção do Estado Maior da 6ª Região Militar que abrange os Estados da Bahia e de Sergipe.

Na época, Cerqueira chefiou a operação Pajussara, sendo apontado pelos integrantes da comissão por perseguir e matar, além do ex-capitão do Exército Lamarca, Zequinha Barreto, Otoniel Barreto e Luiz Santa Bárbara, em Brotas de Macaúbas (BA).

 CHAFURDO DE NATAL

Na região do Araguaia, os militares comandados por Cerqueira, segundo a comissão, atacaram, em 1973, a Comissão Militar da Guerrilha no episódio que ficou conhecido como “Chafurdo de Natal”, já que ocorreu no dia 25 de dezembro.

A ação resultou na morte de Gilberto Olímpio Maria, Guilherme Gomes Lund, Líbero Giancarlo Castiglia, Maurício Grabois, Paulo Mendes Rodrigues e Paulo Roberto Pereira Marques.

Amalia Lucy Geisel, filha do ex-presidente Ernesto Geisel, não quis falar sobre o relatório. Essa foi a mesma postura de Roberto Nogueira Médici, 81, filho do ex-presidente Emilio Médici. “Estou doente, não leio mais jornais e não tenho condições de comentar nada”, disse o filho do ex-presidente.

Fonte | Fotos: folhadesaopaulo