Os soldados da paz brasileiros participaram da cerimônia presidida pelo primeiro-ministro haitiano, Evans Paul, com a presença da representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Sandra Honoré, e do Force Commander, General José Luiz Jaborandy Júnior. A abnegação dos capacetes azuis e a dedicação em serviço da paz foram destacadas nos discursos das autoridades à tropa. Também foram feitas homenagens aos peacekeepers que perderam as vidas nas missões de paz ao redor do mundo.
No encerramento da formatura, a Polícia Nacional Haitiana fez demonstração do uso de bicicletas em patrulhamento e do adestramento de cães para a localização de substâncias perigosas e drogas. Desde 1948, foram estabelecidas 71 operações de manutenção da paz. Mais de um milhão de capacetes azuis trabalharam nessas missões. Atualmente, cerca de 125 mil militares, policiais e civis de praticamente todos os países do mundo trabalham pela paz sob a bandeira das Nações Unidas.
Sobre a Minustah (Haiti)
Há quase 11 anos, o Brasil comanda a força de paz no Haiti, que tem a participação de tropas de outros 15 países, mantendo na ilha um efetivo total de cerca de 1.343 capacetes azuis das Forças Armadas brasileiras. No momento, a tropa passa por rodízio semestral, que vai até o próximo dia 7 de junho, com 970 militares.
A participação dos militares brasileiros é reconhecida pelo povo haitiano e por autoridades internacionais pela desenvoltura com que combinam funções militares, como o patrulhamento, com atividades sociais e de cunho humanitário. A presença da Minustah assegurou a realização de eleições presidenciais em 2006 e 2010, com passagem pacífica do poder. A missão da ONU também atuou no esforço de reconstrução do Haiti após o terremoto devastador de janeiro de 2010.
Em coordenação com a ONU e com os países da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) que integram a missão, o Brasil projeta a retirada gradual de suas tropas, à medida que o governo haitiano demonstre disposição e capacidade de garantir a segurança do país. A Minustah foi criada por resolução do Conselho de Segurança da ONU, em fevereiro 2004, para restabelecer a segurança e normalidade institucional do país após sucessivos episódios de turbulência política e violência, que culminaram com a partida do então presidente, Jean Bertrand Aristide, para o exílio.