O Brasil tem espalhados pelo mundo mais de 1,7 mil militares. Esse contingente brasileiro atua em missões de paz sob a liderança da Organização das Nações Unidas (ONU) em nove nações, como por exemplo, no Haiti e no Líbano. Além disso, a cada ano são feitos contatos com diversos países para atividades, visitas, reuniões, grupos bilaterais e intercâmbios sobre o tema defesa. Somente em 2014, foram realizadas ações com 65 países.
Os dados foram apresentados hoje (04) ao ministro da Defesa, Jaques Wagner, e demais assessores, pelo chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, general Gerson Menandro Garcia de Freitas. De acordo com o general, a cooperação proporciona laços mais duradouros e permanentes com as nações-amigas. “Privilegiamos os relacionamentos bilaterais”, destacou.
Na ocasião, o chefe de Assuntos Estratégicos esmiuçou todo o funcionamento e os projetos em andamento pelo seu setor. Ele enfatizou o trabalho de comando que vem sendo realizado pelos militares brasileiros na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), na Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil) e na Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco).
Menandro também lembrou que a interlocução com outros ministérios e instituições é uma das missões da chefia, bem como o estreitamento dos interesses internacionais no entorno estratégico da América do Sul, África e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “É uma rede muito dinâmica. Temos grande capilaridade”, disse.
Subchefias
A Chefia de Assuntos Estratégicos tem três subchefias subordinadas. A de Política e Estratégia é responsável, entre outras atribuições, pela atualização dos documentos-legais da Defesa, como o Livro Branco, por exemplo. O Livro traz as principais ações do Estado na área de defesa e os desafios do setor para os próximos anos. É, ainda, um mecanismo de diálogo entre os setores civil e militar.
A de Organismos Americanos cuida do contato com a Junta Interamericana de Defesa e demais entidades semelhantes. Também faz a intermediação com órgãos do governo nas áreas de meio ambiente, direitos humanos, questão indígena e quilombola, gênero e fronteiras, entre outros.
Já a de Assuntos Internacionais trata do relacionamento com as adidâncias, da participação e representação brasileira em fóruns de desarmamento e do fomento e promoção da cooperação entre os países do entorno estratégico. Entre as metas para este ano, o general Menandro citou o fortalecimento da cooperação regional em defesa, o incremento da política externa de defesa e a comunicação mais fluÍda com as demais instituições governamentais.
Estiveram presentes na reunião o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi; a secretária-geral do ministério, Eva Chiavon; e autoridades civis e militares relacionadas à temática