O ministro da Defesa, Jaques Wagner, proferiu a aula magna do Curso Superior de Defesa (CSD) da Escola Superior de Guerra (ESG) nesta segunda-feira (02) no Rio de Janeiro. O ministro apresentou aos alunos as diretrizes políticas da área, destacando a interoperabilidade entre as Forças Armadas e as iniciativas de modernização dos equipamentos militares do país. Segundo o ministro, “o processo de fortalecimento da interoperabilidade de nossas forças é crucial para garantir seu emprego eficaz ”.
Wagner completou ressaltando que “Somente por meio da plena interoperabilidade de nossas Forças Armadas que poderemos alcançar êxito em nossa missão constitucional.” Sobre a modernização tecnológica dos equipamentos das Forças Armadas, Wagner defendeu que os investimentos se inserem no marco de uma “visão estratégica de permanente aprimoramento dos eixos de desenvolvimento social e econômico do país.”
A aula magna foi realizada no auditório da Escola de Guerra Naval (EGN), no Rio, e contou com a presença dos comandantes da Marinha, almirante Eduardo Barcellar Leal Ferreira, e da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato. Representando o comandante do Exército estava o general Wellington Montezano.
O Curso Superior de Defesa da ESG completa 30 anos de existência em 2015. Nesta edição, o curso de pós-gradução, em nível strictu sensu, será oferecido em parceira com a EGN, a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) e a Universidade da Força Aérea (Unifa).
Geopolítica
Para o auditório lotado da EGN, Jaques Wagner tratou também de geopolítica, destacando que “os novos cenários da política internacional impõem novos desafios”, o que torna essencial o fortalecimento de nossa Defesa contra as ameaças externas e a consolidação da liderança brasileira na promoção da paz, na cooperação entre as nações e na estabilidade internacional.
Além disso, o ministro falou sobre a necessidade de parcerias estratégicas com os países da América do Sul, por meio da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), e da costa ocidental da África, por meio da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas).
“As ameaças contemporâneas internacionalizadas, como a pirataria e o tráfico de armas geram instabilidade para toda a região e ameaçam a segurança marítima dos países do Atlântico Sul”, ressaltou. Por fim, Jaques Wagner assegurou que trabalhará para preservar “os programas prioritários e dos projetos estratégicos da Defesa” mesmo com os contingenciamentos do orçamento federal.