Em visita a unidades militares ligadas ao Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus (AM), o ministro da Defesa, Jaques Wagner, passou pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). Referência internacional, a organização já formou mais de 5,5 mil militares ao longo de seus 50 anos de existência. “Fico feliz em ver que temos a melhor escola de guerra na selva do mundo”, enfatizou.
A passagem pelo CIGS aconteceu no início desta semana, quando o ministro foi, também, ao 2º Grupamento de Engenharia – responsável pela construção de mais de 11 mil km de rodovias, 150 km de eletrificação rural, 12 mil metros de pontes e 718 mil km de recuperação de áreas degradadas, além de outros aspectos.
No centro de instrução, o ministro foi recebido pelo comandante local, coronel Alcimar Marques de Araújo Martins, que explicou que o curso para o combatente de selva é ministrado em onze bases. “Cada um desses campos tem um militar morando com sua família. Muitas bases não têm luz elétrica, vivem com gerador”, disse Alcimar Martins.
Formação
A capacitação é destinada a militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de policiais, bombeiros e convidados estrangeiros. Em toda a história do CIGS, já foram formados 466 combatentes de nações-amigas. No entanto, a maior parte dos alunos do curso é do Exército.
Cada turma é composta por 100 pessoas que, durante sete a dez semanas, desenvolvem habilidades de natação, tiro, comando, sobrevivência e orientação. Eles passam por vulnerabilidades, como calor, estresse, privação do sono e doenças, por exemplo, a malária.
Jaques Wagner conheceu, ainda, o laboratório da instituição. Lá, está sendo desenvolvido medicamento de uso tópico para tratamento cutâneo de leishmaniose. O ministro da Defesa se comprometeu apoiar a pesquisa e reestruturar o zoológico.