Oficiais do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) participaram de uma Inspeção de Prontidão Operacional (Operational Readiness Inspection- ORI) realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na cidade de Porto Príncipe, no Haiti.
A inspeção ocorre pelo menos uma vez a cada seis meses. O principal objetivo é garantir que os equipamentos pertencentes à ONU não sejam repatriados juntamente com o material dos países contribuintes de tropa.
“Isso pode ocorrer por causa das mudanças de equipes ou desativação de batalhões ou quando o batalhão entender que algum equipamento ou serviço de apoio não estejam em conformidade com o padrão estabelecido pelo manual dos Equipamentos de Propriedade do Contingente e Bens de Consumo, o COE Manual”, explica o Coronel de Infantaria Ivomberg Ribera Ambrósio, um dos inspetores.
Outra função da inspeção foi a de fundamentar as taxas de reembolso financeiro por parte da ONU aos países contribuintes. Assentado no conceito de leasing, cada país segue um acordo prévio sobre os equipamentos que cada unidade militar deve colocar à disposição das Nações Unidas.
“Assim, caso o país participante não contribua com o que foi acordado há uma redução na taxa de reembolso”, ressalta o Coronel Ivomberg.
“Há um memorando de entendimento, assinado pelos países contribuinte e a ONU, no qual ficam estabelecidos os termos administrativos, logísticos e financeiros inerentes à contribuição de pessoal, equipamentos e serviços fornecidos pelos governos dos estados membros em apoio às missões de manutenção da paz no Haiti”, complementa o oficial.
Os trabalhos de inspeção contaram com o apoio de todo o contingente brasileiro no Haiti, inclusive do pelotão da Aeronáutica composto por militares do Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), que compuseram o 19 º Contingente da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH).