Dois países, Azul e Vermelho, entram em conflito armado por uma região estratégica. Esse é o cenário do Jogo de Guerra Simulada AZUVER, que reúne cerca de 460 militares da Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira. O objetivo é aperfeiçoar os Oficiais Superiores no planejamento, coordenação e controle de operações militares conjuntas. A atividade, realizada no Rio de Janeiro, termina nesta segunda-feira (10/11) e encerra o Curso de Comando e Estado-Maior das três Forças.
“Pela própria postura do Ministério da Defesa, as operações conjuntas são vistas com prioridade. A sinergia que as três Forças conseguem manter faz toda diferença. Então, o Exercício vai dar justamente essa condição de nós sermos mais eficientes em missões reais em prol da sociedade”, afirma o Major Carlos Augusto de Fassio Morgero, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME).
No Jogo, são testadas as habilidades de planejamento e estratégia, estudadas durante o Curso de Comando e Estado-Maior. “Conforme vai se desenvolvendo o ano letivo, a gente percebe que sem essa coordenação conjunta é impossível você combater”, avalia o Tenente-Coronel Claudio Giovani Mascarenhas, oficial-aluno da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR).
“O Exercício ajuda a manter o nível de adestramento do Ministério da Defesa e do nosso País. Com o Jogo, nós conhecemos mais sobre a particularidade de cada Força”, explica o Capitão de Corveta Eduardo Rabha Tozzini, da Escola de Guerra Naval (EGN). Depois de formados, os militares são capacitados a atuar nos cargos de comando e assessoria ao Estado-Maior.
Em visita à ECEMAR, o General de Divisão do César Augusto Nardi de Souza, Chefe da Subchefia de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, conheceu os sistemas do jogo AZUVER e as perspectivas futuras para a atividade.
Guerra simulada
Todas as ações dos Países Vermelho e Azul acontecem no computador. Para isso, o Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) provê a suíte de ferramentas necessárias ao exercício na ECEMAR. É dentro dessa estrutura que o jogo acontece. Nas plataformas, o Oficial-Aluno tem o cenário que mostra as condições de cada país, os meios disponíveis para o conflito, localizações, alvos entre outros dados. A partir daí, os Oficiais-Alunos planejam as missões utilizando elementos de logística, estratégia e inteligência.
Todas as informações geradas são inseridas na máquina de simulação. Os resultados são arbitrados por um Grupo de Controle e publicados para que os Oficiais-Alunos avaliem o desempenho do seu País, de acordo com o que foi planejado. “Nós modelamos o que acontece no real para dentro do sistema com a maior precisão possível para que eles obtenham resultados próximos da realidade”, explica o Capitão Engenheiro Márcio Akira Nakama, coordenador da equipe do CCA-SJ no exercício.
Para o Comandante da ECEMAR, Brigadeiro do Ar Maximo Ballatore Holland, o Jogo Simulado contribui para capacitação dos futuros comandantes das Forças Armadas. “O AZUVER é o coroamento do planejamento operacional e tático com as três Forças trabalhando juntas para o cumprimento de uma missão. Com isso, nós teremos mais militares se compreendendo, se conhecendo, o que facilita o contexto das operações conjuntas”, finaliza o Comandante.