As Forças Armadas estão mobilizando 800 militares, além de meios fluviais, terrestres e aéreos, para as ações de enfrentamento ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), nos estados do Amazonas e de Roraima. Para as ações de desintrusão, são empregadas quatro aeronaves. As medidas fazem parte da segunda fase da Operação Catrimani, iniciada em abril e coordenada pelo Ministério da Defesa (MD). Na TIY, vivem aproximadamente 27 mil indígenas. A região compreende uma área maior do que Portugal e abriga densas florestas, sem estradas e com poucos rios navegáveis em períodos de seca, o que dificulta o acesso.
Nesta segunda fase, as Forças Armadas atuarão na repressão ao garimpo ilegal na terra indígena, realizando operações conjuntas para inutilizar a infraestrutura de suporte à atividade ilícita e também no apoio logístico às atividades governamentais de emergência. A Portaria GM-MD Nº 1511/2024 detalha a Operação, prevista para seguir até 31 de dezembro deste ano.
Conforme a norma, o posto do Comando Operacional Conjunto Catrimani II localiza-se em Boa Vista (RR). As Forças Armadas atuam em articulação com as Agências e Órgãos de Segurança (AOS) e com a Casa de Governo, estrutura instalada em Roraima, em fevereiro, para fortalecer a proteção dos indígenas. A Casa de Governo é vinculada à Casa Civil da Presidência da República.
Em março, o governo federal editou Medida Provisória (MP) com crédito extraordinário de R$ 1 bilhão para atender ao plano de trabalho na TIY. A MP determina a divisão deste montante entre oito ministérios, sendo destinado ao Ministério da Defesa R$ 309,8 milhões, referentes ao emprego das Forças Armadas e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao MD.