O duelo pelo domínio da aviação comercial teve um importante capítulo nesta segunda-feira, com a inauguração pela empresa europeia Airbus da primeira fábrica em território americano, onde a concorrente Boeing esta bem estabelecida. A base americana da Airbus nasceu na cidade de Mobile, no Alabama. Avaliada em mais de 500 milhões de euros, já conta com cerca de 250 funcionários e deverá empregar 1000 pessoas até 2018.
A infraestrutura será sobretudo uma linha de montagem de aviões A-320, mas com peças fabricadas nas unidades europeias da companhia e exportadas para os Estados Unidos. “Este é um dia de orgulho. Não apenas para a equipa que me acompanha, mas para toda a Airbus, em toda a parte. Hoje, a Airbus tornou-se realmente um fabricante global ao tornar-se também um verdadeiro fabricante americano”, expressou Fabrice Brégier, o presidente-executivo (CEO) da Airbus.
A “Airbus America” abre as portas desta nova fábrica, exatamente numa altura em que a fabricante europeia soma mais encomendas este ano do que a concorrente. A Boeing no entanto, domina as entregas, cujo é o momento em que a maior parte do pagamento de cada encomenda é feita, logo se torna o mais importante para as contas dos fabricantes.
No final do primeiro semestre, a fabricante norte-americana já tinha entregue 381 aeronaves contra apenas 304 da concorrente europeia. De acordo com os dados das duas companhias no final de agosto, a Boeing subiu as encomendas fechadas para 503, enquanto a Airbus não foi além das 397 entregas. Ainda assim, no final de agosto, a fabricante europeia somava 703 encomendas abertas este ano contra 447 da Boeing.
A nova fábrica no Alabama coloca a Airbus dentro do mercado americano, onde espera-se vender até 100 aviões por ano. O primeiro, já em 2016. “Gostamos deste mercado. Queremos estar nos Estados Unidos e estamos muito orgulhosos de estar no Alabama, onde temos muito apoio”, afirmou Tom Enders, o presidente-executivo do grupo Airbus, garantindo: “Estamos aqui para ficar e também como uma empresa norte-americana.”
FONTE: EURONEWS (Por Francisco Marques)
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