A empresa Boeing emitiu nota nesta quinta-feira (25) revelando que não irá participar do programa de defesa do Pentágono de substituição aos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), avaliado em mais de US$ 60 bilhões. Com esta desistência, a Northrop Grumman passa a ser única concorrente da primeira fase do programa.
A decisão da Boeing veio apenas algumas horas depois do presidente da empresa, Dennis Muilenburg, ter reafirmado, durante teleconferência dos resultados do segundo trimestre, a capacidade da Boeing como concorrente ao programa.
Durante anos, a empresa tem expressado preocupação de que o programa se torne uma disputa de custos entre os concorrentes, sem que capacidades técnicas sejam consideradas.
“Avaliamos extensivamente essas questões e determinamos que a atual abordagem de aquisição não oferece condições equitativas para a competição justa”, diz o comunicado da companhia.
O Pentágono disse, na semana passada, que o contrato inicial, avaliado em US$ 11 bilhões, será concedido à empresa que fornecer “o melhor valor global”. Embora a Boeing tenha conseguido três grandes contratos ano passado, incluindo o novo jato de treinamento da Força Aérea e um drone da Marinha, foi a única das grandes empresas de defesa a reportar uma queda na carteira de pedidos durante o trimestre de junho.